Cotação do rublo despenca para patamar mínimo histórico
Moscou, 20 jan (EFE).- O rublo, moeda da Rússia, voltou a cair nesta quarta-feira e atingiu sua cotação mínima histórica em relação ao dólar, influenciado por uma nova queda dos preços do petróleo e pelo temor dos mercados com a economia mundial e os riscos geopolíticos.
O recorde negativo anterior da divisa russa foi registrado em dezembro de 2014, quando o dólar chegou a valer 80,1 rublos em uma jornada de pânico no pregão moscovita conhecida como a "terça-feira negra".
Hoje, a cotação oficial da moeda russa foi fixada pelo banco central do país (BCR) em 79,4614 rublos por dólar, e nas operações na bolsa o dólar superou os 81 rublos.
O petróleo, principal produto exportado pela Rússia e cuja venda ao exterior abastece em grande parte os cofres do Estado, chegou hoje a seu menor valor em mais de 12 anos: abaixo de US$ 27 no caso do barril do Brent, que é o de referência na Europa.
"Não descartamos que os números psicológicos (como os 80 rublos por dólar) possam provocar pânico entre a população e especulação na bolsa", afirmou Aliona Afanasieva, analista sênior do Forex Club Russia.
Só nesse caso, acrescentou ela, o Banco Central sairia ao mercado com uma intervenção para comprar rublos e conter a queda.
O órgão regulador financeiro, no entanto, minimizou a forte queda da moeda nacional e explicou que a desvalorização é justificada pela situação do petróleo.
"Interviremos apenas se notarmos riscos para a estabilidade financeira. Agora não há", disse a chefe do BCR, Elvira Nabiullina.
Às más notícias sobre as perspectivas de crescimento econômico mundial divulgadas ontem pelo Fundo Monetário Internacional e o arrefecimento constatado na economia da China se somam os riscos geopolíticos na região de Oriente Médio, onde estão as maiores reservas de petróleo do mundo. No caso da Rússia, é preciso acrescentar o impacto das sanções econômicas ocidentais ao país pela anexação da Crimeia.
Nestas circunstâncias, a economia russa atravessa seu pior momento neste século depois da bonança da última década em função dos altos preços do petróleo.
O primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, anunciou hoje que o governo russo já trabalha em "novas medidas no plano anticrise" diante da rapidez com a qual caíram as cotações do petróleo e do rublo.
Na mesma hora, o presidente do país, Vladimir Putin, admitiu em um fórum econômico que "as dificuldades afetaram praticamente todos os setores", apesar de há pouco mais de um mês ele ter afirmado que o pior da crise tinha passado para a Rússia.
Segundo as estimativas oficiais, à espera dos dados definitivos, em 2015 a economia russa teria sofrido retração de 3,8%.
As previsões governamentais atualizadas para este ano apontam que o Produto Interno Bruto do país diminuirá 0,8%, em consonância com os cálculos do Banco Mundial e do FMI, que preveem para a Rússia um crescimento negativo de 1%.
O recorde negativo anterior da divisa russa foi registrado em dezembro de 2014, quando o dólar chegou a valer 80,1 rublos em uma jornada de pânico no pregão moscovita conhecida como a "terça-feira negra".
Hoje, a cotação oficial da moeda russa foi fixada pelo banco central do país (BCR) em 79,4614 rublos por dólar, e nas operações na bolsa o dólar superou os 81 rublos.
O petróleo, principal produto exportado pela Rússia e cuja venda ao exterior abastece em grande parte os cofres do Estado, chegou hoje a seu menor valor em mais de 12 anos: abaixo de US$ 27 no caso do barril do Brent, que é o de referência na Europa.
"Não descartamos que os números psicológicos (como os 80 rublos por dólar) possam provocar pânico entre a população e especulação na bolsa", afirmou Aliona Afanasieva, analista sênior do Forex Club Russia.
Só nesse caso, acrescentou ela, o Banco Central sairia ao mercado com uma intervenção para comprar rublos e conter a queda.
O órgão regulador financeiro, no entanto, minimizou a forte queda da moeda nacional e explicou que a desvalorização é justificada pela situação do petróleo.
"Interviremos apenas se notarmos riscos para a estabilidade financeira. Agora não há", disse a chefe do BCR, Elvira Nabiullina.
Às más notícias sobre as perspectivas de crescimento econômico mundial divulgadas ontem pelo Fundo Monetário Internacional e o arrefecimento constatado na economia da China se somam os riscos geopolíticos na região de Oriente Médio, onde estão as maiores reservas de petróleo do mundo. No caso da Rússia, é preciso acrescentar o impacto das sanções econômicas ocidentais ao país pela anexação da Crimeia.
Nestas circunstâncias, a economia russa atravessa seu pior momento neste século depois da bonança da última década em função dos altos preços do petróleo.
O primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, anunciou hoje que o governo russo já trabalha em "novas medidas no plano anticrise" diante da rapidez com a qual caíram as cotações do petróleo e do rublo.
Na mesma hora, o presidente do país, Vladimir Putin, admitiu em um fórum econômico que "as dificuldades afetaram praticamente todos os setores", apesar de há pouco mais de um mês ele ter afirmado que o pior da crise tinha passado para a Rússia.
Segundo as estimativas oficiais, à espera dos dados definitivos, em 2015 a economia russa teria sofrido retração de 3,8%.
As previsões governamentais atualizadas para este ano apontam que o Produto Interno Bruto do país diminuirá 0,8%, em consonância com os cálculos do Banco Mundial e do FMI, que preveem para a Rússia um crescimento negativo de 1%.
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