FMI se recusa a comentar filtragem do Wikileaks sobre negociação com a Grécia
Washington, 2 abr (EFE).- O FMI se recusou neste sábado a comentar um documento publicado pelo Wikileaks que recolhe uma suposta transcrição de uma videoconferência entre os dois máximos responsáveis do organismo para a crise grega, na qual ficam evidenciadas suas táticas de negociação e pressão.
"Não fazemos comentários sobre filtragens ou supostos relatórios de discussões internas", sustentou em comunicado um porta-voz não identificado do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo o porta-voz, o FMI disse "claramente" o que pensa sobre a necessidade de "uma solução duradoura aos desafios econômicos que a Grécia enfrenta".
Essa solução deve levar a Grécia "a um caminho de crescimento sustentável com o apoio de um conjunto crível de reformas" que são acompanhadas do "alívio da dívida" por parte de seus parceiros europeus, de acordo com o porta-voz.
O documento filtrado pelo portal Wikileaks identifica os interlocutores como o diretor dos assuntos para a Europa do FMI, Poul Thomsen, e a chefe da missão do organismo na Grécia, DeLia Velculescu.
Na conversa, ambos falam sobre como conseguir impor nas condições do terceiro resgate da chamada tétrade -Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE), Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e o próprio FMI- o alívio da dívida grega e a exigência de um superávit primário muito maior, de 3,5% para 2018, em troca da participação do fundo.
Este alvo de superávit suporia um corte de entre 7,5 e 9 bilhões de euros, que contrasta com os 5,5 milhões desejados pela CE ou os 1,8 milhão propostos pela Grécia.
Para salvar a resistência da Alemanha, um dos países mais reticentes a aceitar estas condições do FMI, Thomsen sugere a Velculescu utilizar a crise dos refugiados.
Thomsen acredita que poderia lembrar à chanceler Angela Merkel que a não incorporação do FMI ao resgate grego acarretaria muitas "perguntas" no parlamento alemão, onde já enfrenta grandes resistências dentro e fora de seu partido pelo amparo de imigrantes em território germânico.
Além disso, ambos concordam que, se o governo grego receber a suficiente pressão, no final "termina cedendo", como já ocorreu no passado quando "ficaram sem dinheiro".
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, convocou hoje uma reunião de urgência com seu gabinete de crise, na qual participam seu ministro das Relações Exteriores, Nikos Kotzias, e o de Finanças, Euclides Tsakalotos, para avaliar o documento do Wikileaks.
Os chefes da tétrade retomarão as conversas com os responsáveis do Executivo heleno na segunda-feira em Atenas.
"Não fazemos comentários sobre filtragens ou supostos relatórios de discussões internas", sustentou em comunicado um porta-voz não identificado do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo o porta-voz, o FMI disse "claramente" o que pensa sobre a necessidade de "uma solução duradoura aos desafios econômicos que a Grécia enfrenta".
Essa solução deve levar a Grécia "a um caminho de crescimento sustentável com o apoio de um conjunto crível de reformas" que são acompanhadas do "alívio da dívida" por parte de seus parceiros europeus, de acordo com o porta-voz.
O documento filtrado pelo portal Wikileaks identifica os interlocutores como o diretor dos assuntos para a Europa do FMI, Poul Thomsen, e a chefe da missão do organismo na Grécia, DeLia Velculescu.
Na conversa, ambos falam sobre como conseguir impor nas condições do terceiro resgate da chamada tétrade -Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE), Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e o próprio FMI- o alívio da dívida grega e a exigência de um superávit primário muito maior, de 3,5% para 2018, em troca da participação do fundo.
Este alvo de superávit suporia um corte de entre 7,5 e 9 bilhões de euros, que contrasta com os 5,5 milhões desejados pela CE ou os 1,8 milhão propostos pela Grécia.
Para salvar a resistência da Alemanha, um dos países mais reticentes a aceitar estas condições do FMI, Thomsen sugere a Velculescu utilizar a crise dos refugiados.
Thomsen acredita que poderia lembrar à chanceler Angela Merkel que a não incorporação do FMI ao resgate grego acarretaria muitas "perguntas" no parlamento alemão, onde já enfrenta grandes resistências dentro e fora de seu partido pelo amparo de imigrantes em território germânico.
Além disso, ambos concordam que, se o governo grego receber a suficiente pressão, no final "termina cedendo", como já ocorreu no passado quando "ficaram sem dinheiro".
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, convocou hoje uma reunião de urgência com seu gabinete de crise, na qual participam seu ministro das Relações Exteriores, Nikos Kotzias, e o de Finanças, Euclides Tsakalotos, para avaliar o documento do Wikileaks.
Os chefes da tétrade retomarão as conversas com os responsáveis do Executivo heleno na segunda-feira em Atenas.
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