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Ações contra mudança climática reduzem riscos financeiros, diz BC britânico

22/09/2016 17h14

Berlim, 22 set (EFE).- O governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, defendeu nesta quinta-feira que sejam iniciadas o mais rápido possível medidas para combater a mudança climática porque, além de conter o aquecimento global, ajudará a reduzir os riscos financeiros derivados dele.

Carney fez estas declarações em discurso em Berlim organizado pela organização Puente Atlántico, no qual explicou como tentar manter a estabilidade financeira diante do desafio de cumprir o acordo de Paris selado no final do ano passado.

"O risco para a estabilidade financeira diminuirá o quanto antes possível começarmos" a iniciar o mecanismo global para conter o aquecimento global, ressaltou Carney.

Segundo o governador do BC britânico, os países do G20 - um grupo de economias avançadas e em desenvolvimento que representam 85% das emissões totais de gases poluentes e entre os quais estão Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha, França, Índia e Indonésia - têm uma "oportunidade histórica" neste âmbito.

Estes 20 países devem pactuar o mais rápido possível uma série de "soluções comuns" para constituir a "infraestrutura regulatória" necessária, o marco que ajudará a definir, padronizar e generalizar o "financiamento verde".

Esta ingente investimento, de trilhões de dólares, inclui o financiamento tanto de novas tecnologias de caráter ecológico e não poluente como o de medidas de aclimatação para o aquecimento global e de indenizações por suas consequências.

"O financiamento verde não pode ser um nicho", destacou.

Além disso, Carney lembrou que, mesmo se forem cumpridos todos os compromissos nacionais anunciados de redução de emissões para combater a mudança climática, especialistas estimam que por volta de 2100 as temperaturas médias no planeta terão aumentado em 2,7 graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais. A meta a longo prazo é fazer com que o aumento não supere os 2 graus.