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Cepal: América Latina terá recessão de 1,1% em 2016 e crescerá 1,3% em 2017

14/12/2016 17h39

Santiago (Chile), 14 dez (EFE). - A América Latina e o Caribe fecharão 2016 com uma recessão de 1,1%, em média, e no ano que vem terão "um tênue crescimento" de 1,3%, de acordo com o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgado nesta quarta-feira em Santiago.

Em seu balanço preliminar da economia regional em 2016, o órgão das Nações Unidas informou que a América do Sul será a sub-região mais afetada neste ano, com queda de 2,4% de seu PIB (Produto Interno Bruto), enquanto no Caribe ela será de 1,7%, e a América Central terá um crescimento de 3,6%. Segundo o relatório, a região vai completar assim dois anos seguidos de contração, após o retrocesso de 0,4% registrado em 2015, e em 2017 voltará a crescer, "mas de maneira moderada e sem motores claros que a impulsionem".

De acordo com o texto, a recuperação "será frágil, enquanto as incertezas no contexto econômico se mantiverem, em particular as tendências protecionistas recentemente observadas".

Em 2016, o crescimento regional será liderado por República Dominicana (6,4%), Panamá (5,2%), e Nicarágua (4,8%), enquanto as maiores contrações corresponderão a Suriname (-10,4%), Venezuela (-9,7%), Trinidad Tobago (-4,5%) e Brasil (-3,3%).

O relatório da Cepal também abordou a questão do desemprego urbano, que mostra uma tendência de alta e pode terminar 2016 em 9%, muito superior ao índice de 7,4% de 2015, devido à diminuição da taxa de ocupação e ao aumento na taxa de participação laboral.

A inflação, no entanto, mostra níveis diferentes entre as sub-regiões. Na América do Sul, passou de 9,2% em setembro de 2015 para 10,9% no mesmo mês em 2016, enquanto as economias da América Central e do México (como grupo) passaram de uma inflação (acumulada em 12 meses) de 2,5% em setembro de 2015 para 3,4% no mesmo mês em 2016.

Em relação às projeções de crescimento para 2017, uma melhora nos preços das matérias-primas beneficiaria os termos de troca da América do Sul, que teria um aumento de seu PIB de 0,9%, enquanto o Caribe cresceria 1,3%, principalmente pela atividade turística, e na América Central a alta seria de 3,7%.