Samsung diz que defeitos em baterias fizeram Galaxy Note 7 pegar fogo
Seul, 23 jan (EFE).- A Samsung Electronics disse nesta segunda-feira (data local) que defeitos nas baterias fizeram com que seu telefone celular Galaxy Note 7, que teve de deixar de ser fabricado, pegasse fogo.
A afirmação responde a uma detalhada investigação apresentada em Seul pelo responsável de sua divisão de telefonia celular, Koh Dong-jin.
Koh explicou que a publicação do relatório responde à necessidade de que a companhia "recupere a confiança" do consumidor após um fiasco que fez a empresa perder cerca de 6,1 trilhões de wons (perto de US$ 5,209 bilhões).
O estudo afirma que algumas das baterias de íon-lítio estudadas registraram curto-circuitos internos e que algumas não tinham membranas de isolamento por erros no processo de fabricação.
A investigação foi realizada ao longo de um mês pela própria companhia tecnológica sul-coreana e outras três organizações: as consultoras americanas UL e Exponent, e a empresa alemã de inspeção técnica e certidão TÜV Rheinland.
Koh explicou que cerca de 700 investigadores e engenheiros recriaram processos de carga e descarga com cerca de 200 mil dispositivos e 30 mil baterias de íon-lítio para detectar e analisar os erros.
O problema dos phablets Galaxy Note 7 foi um grande golpe para a imagem da Samsung Electronics, o maior fabricante mundial de telefones celulares, e suas contas.
A empresa publicará amanhã seus resultados correspondentes ao quarto trimestre de 2016 e à totalidade do ano, nos quais no entanto se espera uma notável recuperação de seu lucro operacional graças às maiores vendas de chips e telas.
A empresa também foi atingida recentemente pelo escândalo de corrupção da "Rasputina" sul-coreana com o envolvimento na trama do número um do grupo e vice-presidente da Samsung Electronics, Lee Jae-yong, cuja detenção foi solicitada na semana passada, embora finalmente deixada de lado por um tribunal.
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