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Grupo de 20 países prepara declaração para incentivar bioenergia

24/10/2017 14h21

São Paulo, 24 out (EFE).- Um grupo de 20 países prepara uma declaração conjunta para incentivar "a promoção e o investimento" em combustíveis de baixa emissão de carbono a fim de desenvolver uma bioeconomia sustentável que mitigue os efeitos da mudança climática, anunciou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

"Estamos trabalhando, os países associados, uma declaração de visão realista e ambiciosa que consolide a posição dos nossos países em relação ao futuro da bioeconomia", afirmou Nunes na abertura da Cúpula Biofuture 2017, que começou hoje em São Paulo.

De acordo com o chanceler, essa declaração incluirá "um forte chamado à ação para incentivar a promoção e o investimento" em combustíveis não fósseis, especialmente no setor de transportes, responsável por cerca de um quarto das emissões globais de Dióxido de Carbono (CO2).

O encontro na capital paulista é o primeiro da Plataforma "para o Biofuturo", uma iniciativa internacional coordenada atualmente pelo governo brasileiro que dá seguimento aos compromissos alcançados na Rio+20 e no Acordo de Paris sobre Mudança Climática.

Além do Brasil, essa plataforma é integrada por Argentina, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Países Baixos, Paraguai, Reino Unido, Suécia e Uruguai.

A declaração preparada na capital paulista será apresentada durante COP23, que acontecerá em novembro na Alemanha.

"Não temos escolha, as melhores projeções elaboradas pelos especialistas indicam que uma aceleração em grande escala da bioeconomia será imprescindível", apontou Nunes.

Segundo o ministro, é necessário "superar desafios" e "fazer investimentos que não estão ocorrendo no tempo necessário", bem como "propiciar um ambiente de negócios favorável ao setor".

Na cúpula, da qual participam 400 representantes públicos e privados de mais de 26 países e que termina nesta quarta-feira, será debatido o "RenovaBio", um programa, em elaboração pelo Governo Federal, que propõe uma política inovadora para os biocombustíveis de baixo carbono, entre outras iniciativas.