Cisco alerta sobre preocupante falta de profissionais no setor de tecnologia
Alejandro Rincón Moreno.
Cancún (México), 7 nov (EFE).- A lacuna entre o crescente número de empregos na indústria da tecnologia e os profissionais capacitados para desempenhá-los aumenta de forma preocupante, alertou nesta terça-feira a Cisco, que calcula que 450 mil postos de trabalho ficarão sem ser preenchidos em 2019.
"O que vemos agora é que há um sério problema: há muitas oportunidades, mas não existe o número de pessoas com essas habilidades digitas", explicou em entrevista à Agência Efe a vice-presidente de Assuntos Corporativos da Cisco, Laura Quintana, durante a Cisco Live!, evento promovido pela empresa em Cancún.
Para a executiva, a indústria está passando por um "boom" de vagas, geradas principalmente pelo aumento dos dados fornecidos pelo alto número de dispositivos conectados, que, segundo as estimativas da Cisco, chegarão a 50 bilhões em 2025.
Essa situação fez com que as empresas do setor tenham a necessidade de ampliar seu número de funcionários, colocando-as em uma situação difícil por não encontrar pessoas capacitadas para exercer essas funções. A situação pode piorar porque os avanços tecnológicos vão criar cargos que hoje sequer existem.
"Nessa questão de passar para a economia digital, precisamos de capacitação. Isso pode ser feito através de investimento em incubadoras, aceleradoras e em centros de inovação", explicou.
A executiva classificou esse tema como um dos "quatro pilares fundamentais" para a digitalização dos países. O problema, para Quintana, deve ser resolvido com iniciativas público-privadas porque nem as empresas nem as universidades serão capazes de enfrentar o desafio de forma isolada.
"É preciso construir a força de trabalho que suporte toda a indústria. Às vezes você acredita que não se quer pensar nisso, mas tem se tornado um problema. Sem ter o capital humano não vai ser possível alavancar a tecnologia", disse.
Ao fazer um panorama da lacuna, que afeta principalmente a Europa e a Ásia, a executiva ressaltou o caso da América Latina, uma região que, segundo a Cisco, gera as "maiores oportunidades do mundo" para fornecer profissionais de qualidade às empresas.
Citando um estudo da Gartner contratado pela Cisco, Quintana também falou sobre o impacto que essa oportunidade pode ter para a região em termos de geração de empregos e expansão da Economia. Segundo ela, essa tendência pode fazer a América Latina ter 770 mil postos de trabalho em tecnologia nos próximos anos.
A executiva destacou o caso da Cisco Networking Academy, o segmento educativo da empresa que acaba de completar 25 anos e que já capacitou quase 8 milhões de pessoas no mundo. Do total, 1,6 milhão foi na América Latina, a região que mais participa da ação.
Dentro dessa iniciativa, Quintana destacou o desenvolvimento de aplicativos, a análise de negócios, o uso de dispositivos, a segurança digital e a privacidade nas redes como as capacidades mais demandadas pelo mercado de trabalho.
"Não imaginamos só a oportunidade, mas também a complexidade. Temos que continuar aprendendo sempre porque sabemos que as coisas estão mudando muito rápido nessa quarta revolução industrial", ressaltou.
Por países, a executiva destacou as participações de Peru, México, Brasil e Chile nas academias das Ciscos, que oferecem programas gratuitos e em 20 idiomas sobre redes, segurança, internet das coisas, programação, Linux e conceitos básicos de tecnologia.
"Não há países que simplesmente não querem participar disso ou não veem a importância de investir na educação digital. O que é preciso vencer são os fatores externos, como a falta de financiamento ou a qualidade da educação", destacou.
"A oportunidade está ao alcance, mas é preciso aproveitá-la para vencer essa brecha", concluiu.
Cancún (México), 7 nov (EFE).- A lacuna entre o crescente número de empregos na indústria da tecnologia e os profissionais capacitados para desempenhá-los aumenta de forma preocupante, alertou nesta terça-feira a Cisco, que calcula que 450 mil postos de trabalho ficarão sem ser preenchidos em 2019.
"O que vemos agora é que há um sério problema: há muitas oportunidades, mas não existe o número de pessoas com essas habilidades digitas", explicou em entrevista à Agência Efe a vice-presidente de Assuntos Corporativos da Cisco, Laura Quintana, durante a Cisco Live!, evento promovido pela empresa em Cancún.
Para a executiva, a indústria está passando por um "boom" de vagas, geradas principalmente pelo aumento dos dados fornecidos pelo alto número de dispositivos conectados, que, segundo as estimativas da Cisco, chegarão a 50 bilhões em 2025.
Essa situação fez com que as empresas do setor tenham a necessidade de ampliar seu número de funcionários, colocando-as em uma situação difícil por não encontrar pessoas capacitadas para exercer essas funções. A situação pode piorar porque os avanços tecnológicos vão criar cargos que hoje sequer existem.
"Nessa questão de passar para a economia digital, precisamos de capacitação. Isso pode ser feito através de investimento em incubadoras, aceleradoras e em centros de inovação", explicou.
A executiva classificou esse tema como um dos "quatro pilares fundamentais" para a digitalização dos países. O problema, para Quintana, deve ser resolvido com iniciativas público-privadas porque nem as empresas nem as universidades serão capazes de enfrentar o desafio de forma isolada.
"É preciso construir a força de trabalho que suporte toda a indústria. Às vezes você acredita que não se quer pensar nisso, mas tem se tornado um problema. Sem ter o capital humano não vai ser possível alavancar a tecnologia", disse.
Ao fazer um panorama da lacuna, que afeta principalmente a Europa e a Ásia, a executiva ressaltou o caso da América Latina, uma região que, segundo a Cisco, gera as "maiores oportunidades do mundo" para fornecer profissionais de qualidade às empresas.
Citando um estudo da Gartner contratado pela Cisco, Quintana também falou sobre o impacto que essa oportunidade pode ter para a região em termos de geração de empregos e expansão da Economia. Segundo ela, essa tendência pode fazer a América Latina ter 770 mil postos de trabalho em tecnologia nos próximos anos.
A executiva destacou o caso da Cisco Networking Academy, o segmento educativo da empresa que acaba de completar 25 anos e que já capacitou quase 8 milhões de pessoas no mundo. Do total, 1,6 milhão foi na América Latina, a região que mais participa da ação.
Dentro dessa iniciativa, Quintana destacou o desenvolvimento de aplicativos, a análise de negócios, o uso de dispositivos, a segurança digital e a privacidade nas redes como as capacidades mais demandadas pelo mercado de trabalho.
"Não imaginamos só a oportunidade, mas também a complexidade. Temos que continuar aprendendo sempre porque sabemos que as coisas estão mudando muito rápido nessa quarta revolução industrial", ressaltou.
Por países, a executiva destacou as participações de Peru, México, Brasil e Chile nas academias das Ciscos, que oferecem programas gratuitos e em 20 idiomas sobre redes, segurança, internet das coisas, programação, Linux e conceitos básicos de tecnologia.
"Não há países que simplesmente não querem participar disso ou não veem a importância de investir na educação digital. O que é preciso vencer são os fatores externos, como a falta de financiamento ou a qualidade da educação", destacou.
"A oportunidade está ao alcance, mas é preciso aproveitá-la para vencer essa brecha", concluiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.