Desvalorização do bolívar afunda salário mínimo da Venezuela a apenas US$ 2
Bogotá, 29 nov (EFE).- A desvalorização da moeda da Venezuela afundou o salário mínimo do país (177.507 bolívares) - como percebido pela maioria dos trabalhadores e todos os aposentados - ao equivalente a apenas US$ 2 por mês, segundo o portal "Dolar Today".
O site calcula o valor do dólar americano frente ao bolívar sem levar em conta o câmbio oficial do Banco Central da Venezuela (BCV), e aponta que US$ 1 é comprado no mercado extraoficial por 88.235 bolívares, e 1 euro por 105.000 bolívares.
Embora o governo de Nicolás Maduro tenha proibido o acesso a este portal no país, a maioria dos venezuelanos consulta com frequência a conta no Twitter da página para comparar a diferença cambial que nas últimas semanas mudou várias vezes por dia, quase sempre em detrimento do bolívar.
A taxa paralela desta última terça-feira equivale a 50% do salário mínimo do país, mas supera em mais de 8.000 vezes o valor do câmbio oficial mais baixo (10 bolívares) e em pelo menos 25 vezes o da taxa referencial do sistema de leilões (3.345 bolívares), que o chavismo implementou neste ano, mas suspendeu há várias semanas.
O governo, que tem o monopólio da venda de divisas desde 2003, nos últimos meses cortou em grande medida a disponibilização de moedas estrangeiras devido ao aprofundamento da crise econômica e a queda nos preços do petróleo, a sua principal fonte de financiamento.
Maduro disse que a chamada revolução bolivariana enfrenta uma "guerra econômica" e, mais recentemente, uma "guerra de preços", que não param de subir nos mercados formais e ambulantes, especialmente neste mês, no qual a economia entrou em uma espiral hiperinflacionária.
O Parlamento venezuelano, de contundente maioria opositora, informou no começo de novembro que a inflação acumulada até outubro deste ano foi de 825,7%, um índice que a Casa divulga à revelia dos dados do Banco Central da Venezuela (BCV), controlado pelo governo Maduro.
Como resposta a esta "guerra" o chavismo endureceu as fiscalizações nos mercados populares, e a plenipotenciária Assembleia Nacional Constituinte, formada só por governistas, aprovou uma lei de preços para tentar harmonizar a relação entre o governo e os distribuidores.
Maduro anunciou em 1º de novembro a incorporação da nota de 100 mil bolívares, que começou a circular no dia seguinte, quando o dólar era cotado a 43 mil bolívares no mercado paralelo, que rege a maioria das atividades comerciais devido à seca nas divisas liberadas pelo Estado.
O deputado opositor José Guerra, presidente da Comissão de Finanças do Parlamento, declarou que o órgão emissor aumentou a base monetária neste ano em mais de 1.000% em relação a 2016. Ele alegou que este "dinheiro do nada" é criado pelo Banco Central para "financiar o déficit do governo e da quebrada PDVSA (companhia petrolífera estatal)", e denunciou que, com estas práticas, está "potencializando" a desvalorização do bolívar e a hiperinflação no país.
Segundo estimativas divulgadas ontem pelo Parlamento, a inflação fechará o ano acima de 2.000%.
O site calcula o valor do dólar americano frente ao bolívar sem levar em conta o câmbio oficial do Banco Central da Venezuela (BCV), e aponta que US$ 1 é comprado no mercado extraoficial por 88.235 bolívares, e 1 euro por 105.000 bolívares.
Embora o governo de Nicolás Maduro tenha proibido o acesso a este portal no país, a maioria dos venezuelanos consulta com frequência a conta no Twitter da página para comparar a diferença cambial que nas últimas semanas mudou várias vezes por dia, quase sempre em detrimento do bolívar.
A taxa paralela desta última terça-feira equivale a 50% do salário mínimo do país, mas supera em mais de 8.000 vezes o valor do câmbio oficial mais baixo (10 bolívares) e em pelo menos 25 vezes o da taxa referencial do sistema de leilões (3.345 bolívares), que o chavismo implementou neste ano, mas suspendeu há várias semanas.
O governo, que tem o monopólio da venda de divisas desde 2003, nos últimos meses cortou em grande medida a disponibilização de moedas estrangeiras devido ao aprofundamento da crise econômica e a queda nos preços do petróleo, a sua principal fonte de financiamento.
Maduro disse que a chamada revolução bolivariana enfrenta uma "guerra econômica" e, mais recentemente, uma "guerra de preços", que não param de subir nos mercados formais e ambulantes, especialmente neste mês, no qual a economia entrou em uma espiral hiperinflacionária.
O Parlamento venezuelano, de contundente maioria opositora, informou no começo de novembro que a inflação acumulada até outubro deste ano foi de 825,7%, um índice que a Casa divulga à revelia dos dados do Banco Central da Venezuela (BCV), controlado pelo governo Maduro.
Como resposta a esta "guerra" o chavismo endureceu as fiscalizações nos mercados populares, e a plenipotenciária Assembleia Nacional Constituinte, formada só por governistas, aprovou uma lei de preços para tentar harmonizar a relação entre o governo e os distribuidores.
Maduro anunciou em 1º de novembro a incorporação da nota de 100 mil bolívares, que começou a circular no dia seguinte, quando o dólar era cotado a 43 mil bolívares no mercado paralelo, que rege a maioria das atividades comerciais devido à seca nas divisas liberadas pelo Estado.
O deputado opositor José Guerra, presidente da Comissão de Finanças do Parlamento, declarou que o órgão emissor aumentou a base monetária neste ano em mais de 1.000% em relação a 2016. Ele alegou que este "dinheiro do nada" é criado pelo Banco Central para "financiar o déficit do governo e da quebrada PDVSA (companhia petrolífera estatal)", e denunciou que, com estas práticas, está "potencializando" a desvalorização do bolívar e a hiperinflação no país.
Segundo estimativas divulgadas ontem pelo Parlamento, a inflação fechará o ano acima de 2.000%.
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