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Paraguai e Argentina apoiam criação de "marca Mercosul" para mercado mundial

20/03/2018 16h19

Assunção, 20 mar (EFE).- O ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, e o ministro de Produção da Argentina, Francisco Cabrera, defenderam nesta terça-feira, em Assunção, a ideia de criar uma "marca Mercosul" para o mercado mundial devido ao grande momento comercial vivido pelo bloco regional.

"Acredito que é preciso colocar uma marca nos produtos. Quando esses produtos são integrados em uma cadeia de valor, eles devem reunir seus atributos em uma marca que não seja preciso explicar muito. Que essa identidade de marca o identifique", disse Cabrera.

Os dois ministros participaram hoje da segunda rodada de um fórum empresarial na capital do Paraguai. A ideia de uma marca regional foi apresentada como uma forma de aproveitar o Mercosul.

"Somos uma joia que deve ser vendida", destacou Leite.

Os dois ministros concordaram que a possibilidade de fechar em breve as negociações de um tratado de livre comércio com a União Europeia serviu como impulso para aprimorar as relações do bloco com outras importantes economias em nível mundial. Para eles, a "marca Mercosul" poderia ajudar a região a se promover globalmente.

"É uma ideia que começamos a trabalhar hoje, ainda não passa de uma ideia. Acredito que o acordo com a Europa está muito próximo, mas também é certo que há outros blocos e países importantes, como Japão e Coreia do Sul, que expressaram interesse para se sentar e negociar", afirmou o ministro argentino.

"O Mercosul se tornou sexy no bom sentido da palavra e temos que aproveitar. Os momentos são passageiros, mas este é um grande momento para o bloco", acrescentou Cabrera.

Para o ministro paraguaio, uma marca do Mercosul deve reunir os conceitos de qualidade, sustentabilidade, vida saudável e outras características que as pessoas querem em seus alimentos.

"Não tenho nenhuma dúvida de que este seria um bom começo para o Mercosul. Como o ministro Leite disse, o Mercosul se tornou sexy no bom sentido da palavra", concordou o ministro paraguaio.

Cabrera destacou que todas as perspectivas para o Mercosul são otimistas em relação a novos mercados, investimentos e melhorias das cadeias produtivas das empresas da região, que terão que cumprir com os exigentes padrões da UE caso o acordo seja fechado.

"No entanto, isso nos abre para um mercado de 500 milhões de pessoas, com níveis salariais superiores aos nossos", disse.