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EUA fazem defesa do comércio no G20, mas ressaltam que "deve ser justo"

22/07/2018 19h37

Buenos Aires, 22 jul (EFE).- Os Estados Unidos concordam com os demais países-membros do G20 na "importância" do comércio internacional, mas ressaltaram que este deve ser "justo e recíproco", segundo afirmou neste domingo o secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin.

"Apoiamos a ideia de que o comércio é importante para a economia global, mas deve ser em termos justos e recíprocos", declarou Mnuchin em entrevista coletiva após a reunião de ministros de Finanças do G20, um encontro cujas negociações, segundo afirmou, não se centraram em críticas aos EUA e ao protecionismo.

O político americano se mostrou contrário às advertências feitas na reunião pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os efeitos negativos do protecionismo, e destacou que não vê "nenhum impacto significativo" na economia, embora "continuem monitorando" a situação.

Sobre as tarifas já adotadas pelo governo do presidente Donald Trump, lhes diminuiu importância e opinou que tinham sido medidas "muito específicas".

"Queremos que nossas companhias tenham o mesmo acesso aos seus mercados que eles têm aos nossos", disse Mnuchin ao ser perguntado sobre União Europeia (UE) e China, e acrescentou que "querem ter o direito a proteger sua propriedade intelectual em qualquer lugar do mundo, não só na China".

Sobre o comunicado final, no qual os participantes frisaram a importância do comércio e pediram mais diálogo para resolver suas disputas, Mnuchin disse que tinha sido o mais fácil de elaborar de todos os encontros do G20 ocorridos desde que chegou ao cargo.

Além disso, garantiu que não tinha se sentido isolado na reunião, o que argumentou mostrando as 22 reuniões bilaterais que tinha realizado com distintas delegações.

Uma delas foi com o presidente argentino, Mauricio Macri, a quem transmitiu "pleno apoio" à sua política econômica e ao programa estipulado com o FMI.