Tribunal de Tóquio concede liberdade sob fiança para Carlos Ghosn
Tóquio, 5 mar (EFE).- O tribunal de Tóquio, que instrui o caso do ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, aceitou nesta terça-feira colocar o empresário - que permanece em prisão provisória desde novembro de 2018 - em liberdade mediante ao pagamento de fiança.
O juiz decidiu conceder a liberdade ao executivo - preso por supostas irregularidades fiscais - sob uma fiança de 1 bilhão de ienes (cerca de US$ 8,9 milhões), informou o tribunal.
Desta forma, esta instância aceitou o pedido apresentado na semana passada pela nova equipe de defesa de Ghosn, depois de rejeitar dois pedidos semelhantes apresentados por seus antigos advogados.
Embora a Promotoria ainda possa apelar da decisão, se for ratificada pelo tribunal, isso significaria que o executivo pode deixar o centro de detenção onde permanece sob prisão provisória desde 19 de novembro do ano passado.
Ghosn é acusado de supostamente ocultar das autoridades milionárias compensações acordadas com a Nissan Motor e violar a confiança da empresa ao supostamente utilizar fundos da empresa para cobrir perdas financeiras pessoais, além de realizar alguns pagamentos aparentemente injustificados a um empresário saudita.
O tribunal negou os dois pedidos anteriores de fiança apresentados pela defesa de Ghosn, alegando que ele poderia destruir provas contra ele ou fugir do Japão.
O brasileiro, de 64 anos, contratou em meados de fevereiro uma nova equipe de advogados liderados por Junichiro Hironaka, considerado um dos maiores do Japão, após liderar com sucesso vários casos importantes.
Para garantir que o ex-diretor permaneça no Japão e não tente destruir possíveis provas, seus advogados propuseram que as autoridades possam controlar todas as comunicações de Ghosn e monitorar seus movimentos usando câmeras ou dispositivos eletrônicos de rastreamento, entre outras medidas. EFE
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