BID suspende sua reunião na China após rejeição ao representante de Guaidó
Washington, 22 mar (EFE).- O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) suspendeu nesta sexta-feira sua assembleia anual na China, prevista para a próxima semana, após a recusa de Pequim a outorgar um visto a Ricardo Hausmann, representante do líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, nesse organismo.
A entidade, com sede em Washington, detalhou em comunicado que os diretórios do BID e da Corporação Interamericana de Investimentos (BID Invest) decidiram transferir sua assembleia de governadores de Chengdu (China) para outro lugar ainda a decidir.
Os dois organismos "aprovaram hoje uma resolução pela qual a Reunião Anual das Assembleias de Governadores de ambas instituições não será realizada em Chengdu", acrescentou o documento.
Além disso, a nota antecipou que, "em um prazo de 30 dias", a administração do BID "apresentará suas recomendações com relação à sede e às datas" da Assembleia Anual de 2019.
Nesta sexta-feira, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, criticou em artigo de opinião a decisão da China de não outorgar um visto a Hausmann e acusou o país de "minar o avanço da democracia" na Venezuela.
No último dia 15 de março, os governadores do BID reconheceram Hausmann como representante da Venezuela no organismo, do qual os Estados Unidos são o principal acionista com 30% do capital e do poder de voto.
Em uma votação realizada separadamente nesse mesmo dia, o Bid Invest, que é o braço do BID dedicado a empréstimos para o setor privado, também deu seu sinal verde ao delegado de Guaidó.
No último dia 23 de janeiro, quando Guaidó se autoproclamou presidente em exercício do país, o presidente do BID, o colombiano Luis Alberto Moreno, expressou o interesse do organismo em "trabalhar" com o líder da Assembleia Nacional venezuelana. EFE
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