FMI reduz em 4 décimos a projeção de crescimento para o Brasil em 2019
Washington, 9 abr (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu em quatro décimos suas projeções de crescimento da economia do Brasil, que situa agora em 2,1% para 2019, principalmente por causa do desequilíbrio fiscal no país.
A nova previsão faz parte do relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais", que a organização apresentou nesta terça-feira em Washington, nos Estados Unidos, e que revisa para pior a estimativa de crescimento econômico do Brasil neste ano a respeito dos dados divulgados há três meses.
No entanto, o FMI melhorou as perspectivas do Brasil para 2020, até 2,5%, em comparação com os 2,2% calculados em janeiro.
"No Brasil, a principal prioridade é conter o aumento da dívida pública enquanto se assegura que o gasto social necessário permanece intacto", opinaram os especialistas do Fundo em sua análise.
A organização multilateral considerou que o limite de gastos aprovado no país em 2016, durante a gestão Michel Temer, "é um passo na direção correta para facilitar a consolidação fiscal".
Não obstante, o Fundo pediu que o governo brasileiro fizesse cortes nos gastos com o funcionalismo público e uma reforma da previdência "para conter o aumento das despesas de forma que também garanta proteção aos programas sociais vitais para os mais vulneráveis".
Além disso, o FMI destacou que a política monetária do Brasil "pode manter-se flexível" para respaldar a demanda agregada conforme seja necessário.
A instituição liderada por Christine Lagarde também recomendou que as autoridades brasileiras aumentem seus esforços para melhorar a infraestrutura e a eficiência da intermediação financeira para elevar a produtividade e impulsionar as perspectivas de crescimento no médio prazo.
Em novembro, o FMI já tinha dito ao governo brasileiro que é "essencial" realizar "reformas ambiciosas", começando pela questão da previdência.
O presidente Jair Bolsonaro apresentou em fevereiro ao parlamento uma proposta de reforma da previdência com um plano para atenuar o déficit do sistema e economizar cerca de US$ 265 bilhões em dez anos. EFE
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