EUA pedem que China evite persistente fraqueza da sua moeda
Washington, 28 mai (EFE).- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos pediu nesta terça-feira que a China evite a persistente fraqueza da sua moeda, ao justificar sua decisão de manter o gigante asiático na lista de economias que merecem "atenção" por suas práticas cambiais.
Em um relatório intitulado "Políticas macroeconômicas e cambiais dos principais parceiros comerciais dos EUA", o Tesouro afirmou que continua tendo "preocupações significativas" sobre as práticas monetárias da China, particularmente à luz do desalinhamento e da "subestimativa" do renminbi (nome oficial do iuane, a divisa nacional chinesa) a respeito do dólar.
"A China deve fazer um esforço coordenado para melhorar a transparência das suas operações e objetivos de taxa de câmbio e gestão de reservas", indicou o documento, que dedica toda uma seção para analisar a situação com um dos principais parceiros comerciais do país.
Concretamente, detalhou que a moeda chinesa caiu 8% frente ao dólar no último ano, em um contexto de superávit comercial bilateral "extremamente grande e crescente", que, segundo o documento, se situou em US$ 419 bilhões em 2018.
O Departamento do Tesouro indicou que segue "pedindo à China que tome as medidas necessárias para evitar uma moeda persistentemente frágil" e afirmou que o gigante asiático "necessita abordar agressivamente as forças que distorcem o mercado", entre as quais mencionou os subsídios.
Uma melhora dos "fundamentos econômicos e da configuração das políticas estruturais" sustentaria uma moeda chinesa mais sólida "e ajudaria a reduzir o superávit comercial da China com os Estados Unidos", segundo especificou o relatório.
O déficit comercial, que se explica por exportações dos EUA à China no valor de US$ 120 bilhões e importações desse país por US$ 540 bilhões no ano passado, foi ponto de discórdia entre Washington e Pequim desde a chegada do presidente Donald Trump à Casa Branca.
No último dia 10 de maio, Trump iniciou o processo para impor tarifas sobre US$ 300 bilhões em importações da China, o que, somado aos encargos atuais, cobre o valor total dos bens chineses importados anualmente pelos EUA.
Em comunicado, o representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer, destacou então que os EUA subiriam de 10% para 25% a taxa tarifária sobre importações chinesas avaliadas em US$ 200 bilhões.
Pequim respondeu três dias depois com o anúncio de que, a partir de 1º de junho, imporá tarifas sobre US$ 60 bilhões em bens importados dos Estados Unidos, em um novo capítulo da disputa comercial entre as duas potências. EFE
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