McDonald's é criticado em Israel por não abrir lojas em territórios ocupados
Jerusalém, 11 jun (EFE).- O McDonald's está sendo pressionado por uma campanha em Israel por não abrir lojas nos territórios palestinos ocupados.
Uma organização de ex-militares com deficiência lidera os esforços para que a rede de fast food mude de posição e, na semana passada, colocou cartazes nas portas de uma loja advertindo que o McDonald's boicota partes do Estado de Israel (para a comunidade internacional, território palestino ocupado) e que qualquer um que entrasse estaria apoiando esse boicote.
O Fórum de Veteranos Incapacitados pela Segurança de Israel está tentando também fazer com que o país bloqueie a oferta da empresa para abrir uma loja no Aeroporto Internacional de Ben Gurion, perto de Tel Aviv.
A campanha, que está tentando sem sucesso obter o apoio dos Ministérios de Finanças e de Transporte e da Autoridade Aeroportuária, foi respaldada pelo Conselho Yesha, que agrupa os colonos israelenses na Cisjordânia ocupada, assim como pelo ministro de Indústria e uma parlamentar, ambos membros do partido Likud, o mesmo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A tentativa de bloquear a oferta do McDonald's tem base em uma lei israelense contra o boicote ao país.
O responsável pela franquia israelense da companhia, Omri Padan, foi especialmente atacado, sendo apontado como o responsável por esta decisão, que é vinculada pelos críticos com o passado dele como membro do grupo anticolonização Paz Agora e com a decisão que tomou em 2013 de não abrir um estabelecimento em um shopping no assentamento de Ariel.
Padan argumentou que a decisão não é dele, mas uma política internacional do McDonald's de não abrir lojas na Cisjordânia, nem além da Linha Verde (linha de armistício de 1948).
A companhia conta com 180 lojas em território israelense e nenhuma em território palestino. EFE
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