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UE e Mercosul realizarão nova rodada de negociações técnicas nesta semana

19/06/2019 09h52

Bruxelas, 19 jun (EFE).- A Comissão Europeia confirmou nesta quarta-feira que a União Europeia (UE) e o Mercosul terão uma nova rodada de negociações técnicas esta semana em Bruxelas, embora tenha ressaltado que para fechar o acordo comercial entre os dois blocos ainda há "trabalho a fazer".

"Os negociadores-chefes de UE e Mercosul terão uma reunião em Bruxelas esta semana durante a qual discutirão os principais assuntos pendentes. Entre eles, alguns interesses-chave da União Europeia", declarou o porta-voz do Executivo comunitário, Daniel Rosario, durante a entrevista coletiva diária da instituição.

Rosario acrescentou que, em função do resultado dessas discussões, "poderia ser convocada uma reunião em nível político nos próximos dias".

"A Comissão dá as boas-vindas e compartilha o compromisso político expressado pelo Mercosul durante os últimos dias e semanas. Estamos comprometidos em levar as negociações comerciais em andamento a uma conclusão bem-sucedida, mas, como dissemos várias vezes, para que isto aconteça ainda há trabalho a fazer", comentou.

Depois que o presidente Jair Bolsonaro assegurou no início de junho que um acordo comercial entre o Mercosul e o bloco europeu era iminente, Bruxelas já havia pedido cautela.

Quando perguntado se apenas uma rodada de negociações bastará para carimbar o acordo, o porta-voz da Comissão destacou nesta quarta-feira que o processo se desenvolve "passo a passo".

"Primeiro teremos estes encontros em nível técnico. Vejamos quão longe vão os negociadores-chefes nas suas discussões", disse, sem querer enumerar os assuntos pendentes.

"Depois, vejamos se as condições estão postas para que um encontro em nível político aconteça nos próximos dias", completou.

As negociações técnicas para um acordo entre a UE e o Mercosul se iniciaram em Buenos Aires em abril de 2000 e desde então foram realizadas mais de 30 rodadas de negociação, um processo complexo, inclusive com bloqueios de muitos anos.

Nos últimos dois anos voltaram a surgir comentários de otimismo que previam um acordo em prazos curtos, mas todos eles passaram sem que se tenha conseguido fechar o acordo. EFE