China anuncia acordo parcial de comércio com EUA
Pequim, 13 dez (EFE).- O governo da China anunciou nesta sexta-feira que chegou a um acordo parcial com os Estados Unidos para colocar um fim ao conflito comercial entre os dois países, iniciado ainda no ano passado.
O vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, garantiu em entrevista coletiva que foi firmado um pacto de primeira fase, que aborda temas como transferência de tecnologia, propriedade intelectual, expansão do comércio e o estabelecimento de mecanismos de resolução de conflitos, entre outros pontos.
Além disso, os EUA, segundo o representante do governo chinês, se comprometeram com a retirada, por fases, das tarifas impostas pelos dois países, segundo comunicado publicado pela agência de notícias pública "Xinhua".
Outros trechos tratam da compra de produtos agrícolas, serviços financeiros, taxas de câmbio e transparência, e da expansão do comércio, de acordo com as informações.
O acordo terá de passar por "procedimentos legais" em ambos os países antes de ser assinado, disse Wang, recusando-se a dar mais detalhes sobre o processo de redução de tarifas e o volume de compras de produtos agrícolas dos EUA com os quais a China pode ter se comprometido.
O comunicado frisa que o acordo se baseia nos princípios de "igualdade e respeito mútuo" e que "serve aos interesses fundamentais dos chineses, dos americanos e dos povos de todo o mundo".
"O acordo está em conformidade com a política de reforma e abertura da China e com a sua necessidade de promover um desenvolvimento econômico de elevada qualidade. Ajudará a reforçar a proteção da propriedade intelectual, a melhorar o ambiente empresarial, a expandir o acesso ao mercado chinês e a salvaguardar melhor os direitos e interesses jurídicos das empresas na China, incluindo as empresas estrangeiras", afirmou.
Segundo a China, o pacto é "propício" para fortalecer a cooperação entre os dois países e "levará à resolução de divergências nos âmbitos econômico e comercial", além de melhorar a confiança do mercado global, estabilizar as expectativas do mercado e criar um bom ambiente para a atividade econômica.
As tensões comerciais entre as duas maiores economias mundiais, que começaram no ano passado, tiveram profundas consequências globais. Nas últimas previsões do crescimento global, divulgadas em outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as projeções de expansão para 3% neste ano, dois décimos a menos que em julho, devido às dúvidas geradas pelo impasse. EFE
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