OCDE melhora projeções para PIB brasileiro em 2020, mas piora para 2021
No relatório semestral de perspectivas, a entidade reduziu em 0,5 ponto percentual a queda para 2020 em relação aos dados de setembro, e rebaixou em um ponto o aumento do próximo ano.
O PIB brasileiro aumentará 2,2% em 2022, acrescentou a organização, destacando que, embora o número de contágios e mortes por Covid-19 continue alto, a economia do país começou a se recuperar em vários setores.
O Brasil já acumula 6,3 milhões de casos de Covid-19 e mais de 172 mil mortes causadas pela doença. A OCDE indicou que as vulnerabilidades fiscais foram exacerbadas devido à necessária resposta à crise de saúde e constatou que a dívida pública aumentou.
O relatório também mostra que a forte resposta da política fiscal e monetária conseguiu prevenir uma contração econômica mais grave.
O consumo privado cairá 7% neste ano e subirá 3,8% em 2021, e 2,2% em 2022, segundo as projeções.
A OCDE estima que os principais indicadores de atividade a curto prazo apontam para uma recuperação bem sólida e ampla, inclusive em setores como turismo e entretenimento.
De acordo com a OCDE, a resposta brasileira da política fiscal foi uma das mais fortes na região, e com medidas que levaram a uma redução da extrema pobreza ao menor nível em 40 anos.
No entanto, a organização opinou que o fim do auxílio emergencial prejudicará a recuperação até o início de 2021, antes que as vacinas contra a Covid-19 representem um novo impulso.
A OCDE antecipou que a atividade econômica no Brasil deverá se aproximar dos níveis anteriores à pandemia no final de 2022, e que as exportações do país se beneficiarão com a recuperação da demanda global de alimentos e minerais.
Segundo a entidade, o desemprego alcançará o pico neste ano, quase 14%, e uma melhor capacitação, mais profissional, permitirá que s trabalhadores aproveitem novas oportunidades geradas pelas atuais mudanças estruturais.
CENÁRIO GLOBAL.
A OCDE começa a ver uma luz ao fim do túnel graças às vacinas, e revisou para cima as projeções para a economia global em 2020, mas advertiu que a recuperação a partir de 2021 será desigual e demorará para chegar a muitos países.
"Pela primeira vez desde o início da pandemia, agora há esperança em um futuro mais brilhante", destacou a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone, em relatório semestral de perspectivas.
A economia mundial sofrerá neste ano uma contração de 4,2%, o que representa 0,3 ponto percentual a menos do que a organização calculava há dois meses e meio.
Com um crescimento de 4,2% em 2021 (0,8 ponto percentual a menos do que o antecipado em setembro), o PIB global voltará aos níveis anteriores à pandemia e subirá 3,7% em 2022.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.