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Cazaquistão e Rússia pactuam com Opep aumento de 75 mil bd até março

05/01/2021 21h42

Nursultan/Moscou, 5 jan (EFE).- Cazaquistão e Rússia pactuaram nesta terça-feira com os países da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) aumentar a produção de petróleo em 75 mil barris por dia (bd), segundo o Ministério da Energia cazaque.

"Com base nos acordos alcançados pelos países membros da aliança, foi tomada a decisão de manter o nível atual de redução de extração para fevereiro e março de 2021", disse a pasta.

Ainda segundo o Ministério, o Cazaquistão e a Rússia terão outras condições, como "o aumento gradual da extração em 10 mil e 65 mil bd, respectivamente".

Em reunião do Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC), o Cazaquistão se comprometeu com a Opep+ a produzir 1,427 milhão de barris por dia (mbd) em fevereiro e março.

O ministro da Energia do país centro-asiático, Nurlan Nogayev, afirmou que os esforços conjuntos da aliança Opep+ haviam estabilizado os preços do petróleo bruto no mercado internacional e defendeu que o acordo dava um "impulso positivo" à indústria petrolífera.

A participação da Rússia aumentará para 9,184 mbd em fevereiro e 9,249 mbd em março. Isso se deve ao fato de que a Arábia Saudita reduzirá voluntariamente sua cota em 1 mbd durante estes dois meses, para 8,125 mbd em fevereiro e março, anunciou o ministro do Petróleo saudita, Abdelaziz bin Salman. A decisão foi classificada pelo vice-primeiro ministro russo Alexandr Novak como "um presente para o mercado petrolífero".

A declaração final da reunião ministerial da Opep+ reafirmou "o compromisso contínuo" dos países membros com um mercado estável no interesse mútuo dos países produtores, bem como com "o fornecimento eficiente, econômico e seguro aos consumidores e um retorno justo do capital investido".

A Opep+ destacou os eventos "sem precedentes" de 2020 e o impacto da pandemia de covid-19 sobre a economia e os mercados mundiais, e elogiou os países membros "por sustentarem os maiores e mais longos ajustes na produção de petróleo bruto da história em resposta a desafios excepcionais e ao mercado.

A aliança acolheu "os altos níveis de conformidade" dos países membros, o que contribuiu "significativamente" para restaurar o equilíbrio e a estabilidade no mercado petrolífero.

"Entre maio e novembro (de 2020), os países da Opep+ contribuíram para reduzir a oferta global em aproximadamente 1,9 bilhão de barris, incluindo ajustes voluntários, e isso foi fundamental para reequilibrar o mercado", disse a aliança em comunicado.

Os ministros agradeceram aos países participantes, particularmente os Emirados Árabes Unidos e Angola, por "excederem as expectativas", e reiteraram a importância "crítica" do cumprimento dos compromissos e da "compensação dos volumes superproduzidos", a fim de equilibrar o mercado.

A próxima reunião do Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC) será realizada em 3 de fevereiro.