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FMI: renda per capita na América Latina não vai se recuperar antes de 2024

15/04/2021 22h52

Washington, 15 abr (EFE).- A renda per capita na América Latina não vai recuperar o nível pré-pandemia antes de 2024, devido ao impacto econômico da crise sanitária do novo coronavírus, segundo cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo diretor do FMI para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, em uma entrevista coletiva para apresentar a atualização das previsões regionais.

"A renda per capita não voltará ao nível anterior à pandemia até 2024, o que causará perdas cumulativas de 30% em comparação com a tendência pré-pandemia", disse Werner, que enfatizou que a região sofreu a "queda mais acentuada do mundo".

De acordo com as estimativas, a economia da América Latina crescerá 4,6% em 2021, meio ponto percentual acima da previsão do FMI em janeiro, embora, segundo Werner, a persistência da crise sanitária em muitos países "ofusque as perspectivas a curto prazo".

As projeções do FMI, no entanto, estão sujeitas a um grau "excepcional" de incerteza, enquanto a corrida por vacinas e contra o vírus continua.

Em sua análise, Werner explicou que os trágicos números recentes da pandemia em Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, junto com a lenta distribuição de vacinas - exceto pelo Chile - afetam negativamente as perspectivas a curto prazo.

De acordo com as projeções, o Brasil recuperará seu nível de PIB de 2019 em 2022, devido à retirada do apoio das políticas fiscal e monetária e à lenta distribuição de vacinas. Já o México não alcançará o nível de atividade econômica anterior à pandemia antes de 2023, apesar do impacto positivo gerado pelo extenso programa de política fiscal dos Estados Unidos.

Por outro lado, o FMI espera que o Chile alcance o PIB pré-pandemia no final deste ano graças à rápida vacinação e ao apoio político significativo, o que é um impulso a curto prazo.

As três grandes economias da América Latina, Brasil, México e Argentina, crescerão 3,7%, 5% e 5,8% neste ano, respectivamente, de acordo com o FMI. EFE