Organizações se manifestam em Bruxelas contra acordo da UE com Mercosul
Enquanto ocorria a manifestação, os ministros de Comércio da UE estavam reunidos para discutir, entre outras questões, o peso do acordo do Mercosul na estratégia comercial europeia para os próximos anos.
Por ocasião desta reunião, cerca de 30 ativistas exigiram perante as sedes das instituições europeias que parassem as negociações com os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).
A principal demanda era para que os líderes da UE voltassem à mesa de negociações para chegar a um acordo "do zero", que leve em conta os direitos humanos e ambientais.
"Queremos uma política comercial europeia que satisfaça as necessidades deste século, no qual temos grandes preocupações sobre o planeta e os direitos humanos", disse à Agência Efe um dos porta-vozes da manifestação, Marc Maes, da organização flamenga 11.11.11.
Maes descreveu como "ultrajantes" as negociações em curso e denunciou o fato de os interesses comerciais serem colocados à frente dos interesses sociais e ambientais.
Em sua opinião, existe um problema fundamental com a política comercial europeia e a economia circular é "o caminho a seguir", uma proposta aprovada no Pacto Verde da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Os manifestantes estacionaram um grande trator em frente às sedes das instituições europeias, no qual penduraram uma faixa com a frase "Parem o UE-Mercosul", como símbolo de protesto contra o desmatamento.
Um dos participantes no comício, Tijs Boelens, da associação Boerenforum, disse que se a UE "quisesse realmente ajudar" as gerações futuras "teria de investir toda sua energia no fortalecimento e promoção das economias locais e da agricultura sustentável".
Boelens também considera incompatível avançar com as medidas propostas em programas como o Pacto Verde enquanto a UE sela "tratados de mercado livre" com um conteúdo "neocolonialista".
Por sua vez, Paul de Clerck, da Friends of the Earth Europe, acrescentou que o tratado "só contribuirá para agravar problemas como o desmatamento, o aquecimento global e as violações dos direitos humanos".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.