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BCE aumenta juros pela 1ª vez em 11 anos

21/07/2022 13h36

Frankfurt (Alemanha), 21 jul (EFE).- O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira aumentar sua taxa básica de juros pela primeira vez em 11 anos, elevando o patamar em meio ponto percentual, de -0,5% para 0%.

Com a medida, o BCE tenta conter o avanço da inflação na zona do euro, que em junho foi de 8,6% em relação ao mesmo mês no ano passado.

Além disso, a instituição aprovou um instrumento para evitar que os prêmios de risco de alguns países subam.

Desde meados de junho de 2014, a taxa de facilidade de depósito do banco estava em patamar negativo.

O Conselho do BCE "decidiu hoje tomar novas medidas importantes para assegurar que a inflação volte à meta de 2% a médio prazo", disse a instituição em comunicado no qual previu a manutenção de um ciclo de alta.

"Nas próximas reuniões do Conselho do BCE, uma maior normalização das taxas de juros será apropriada", acrescenta o texto.

Além disso, o BCE decidiu aprovar o Instrumento de Proteção à Transmissão (TPI), mecanismo para evitar o aumento dos prêmios de risco em alguns países da zona do euro.

O novo instrumento "é necessário para apoiar a transmissão efetiva da política monetária", disse o BCE.

Enquanto o banco aumentar os juros, o TPI garantirá a transmissão sem problemas da orientação da política monetária a todos os países da zona do euro.

O TPI será adicionado ao conjunto de ferramentas do BCE e pode ser ativado para combater dinâmicas de mercado indesejadas ou desordenadas que representam uma séria ameaça à transmissão da política monetária na área do euro como um todo.

"O tamanho das compras sob o TPI dependerá da gravidade dos riscos para a transmissão de políticas", afirmou o BCE no comunicado.

Para conter o aumento dos prémios de risco dos países periféricos, o BCE vem reinvestindo desde 1º de julho. os títulos de dívida que comprou durante a pandemia de covid-19 e que vencem de forma flexível.

Mas a medida não é suficiente no caso de uma grande crise, como está acontecendo agora na Itália, um país altamente endividado que enfrenta uma nova crise política, e por isso o BCE aprovou este novo instrumento para frear a especulação sobre os mercados. EFE