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Líder do governo espera aprovação da reforma 'muito antes do São João'

Fabrício de Castro, Carla Araújo, Igor Gadelha, Fernando Nakagawa, Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues, Lu Aiko e Leonencio Nossa

Brasília

12/05/2017 17h52

O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta sexta-feira, 12, que espera a aprovação da reforma da Previdência "muito antes do São João". O comentário é uma referência ao Dia de São João, comemorado em 24 de junho.

"Tenho a convicção de que estamos muito próximos de votar a reforma da Previdência na Câmara. Estamos avançando", afirmou Ribeiro, após o evento de comemoração de um ano do governo Michel Temer, no Palácio do Planalto. "No que depender do nosso esforço, quero muito antes do São João já ter aprovado a Previdência. Quero passar o São João já com a Previdência já aprovada", afirmou Ribeiro, ao ser questionado se a aprovação ocorreria em maio ou junho.

O parlamentar afirmou ainda que as conversas com os deputados para aprovação da reforma da Previdência estão avançando.

"Estamos conversando com parlamentares, mostrando que aquilo que foi discutido com a base está contido no texto. Acho que avançamos muito. Já existe uma resistência muito menor do que havia", disse Ribeiro. "E não tenho dúvida, estou muito animado com a aprovação. Nessas semanas agora, faremos este trabalho de convencimento, de diálogo, com os parlamentares, para aprovar."

Ribeiro comentou ainda que, na medida em que os partidos forem formando a convicção, dentro da autonomia que lhes cabe, sobre a reforma, o processo vai caminhar na Casa. "O ambiente melhorou, nós já estamos avançando nesta direção. Inclusive, conversei hoje com vários líderes sinalizando que está melhorando", disse Ribeiro.

Para o deputado, a aceitação da reforma também está crescendo entre os cidadãos. "A população começa a perceber não só a importância, mas aquilo que existe de real na reforma. Aquelas mentiras de que tiraria direito de quem ganha salário mínimo, de que terá que trabalhar até 90 anos para se aposentar, tudo isso está caindo por terra. A população começa a enxergar o que está contido na reforma."

Ribeiro afirmou ainda que a reforma garante o direito dos mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, quebra os "privilégios dos mais poderosos". "É disso que se trata a reforma. É redistributiva."

Sobre o fechamento de questão dos partidos aliados na Câmara, Ribeiro afirmou que é natural que o PMDB, que "já havia iniciado o processo de discussão dentro da bancada", feche questão primeiro. "Já iniciaram este processo. A partir daí, haverá um efeito nos outros partidos", afirmou. "Teremos a aprovação da reforma com a maioria, muito além dos 308 votos."

Questionado a respeito da possibilidade de a reforma Trabalhista voltar para a Câmara, caso o Senado promova alterações no texto já aprovado na Casa, Ribeiro afirmou que os deputados estão focados na Previdência. "Vencemos a etapa da terceirização, da reforma Trabalhista, e estamos focados na Previdência. Pelo que os senadores dizem, a tendência é de que o Senado aprove sem modificação, para que o texto não volte para a Câmara."