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Padilha: reforma da Previdência não saiu de pauta e serão cumpridos os prazos

Danilo Verpa/Folhapress
Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Carla Araujo e Tania Monteiro

Brasília

23/05/2017 12h50

Em meio a grave crise política que atinge o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, reforçou nesta terça-feira (23) que o governo segue trabalhando e tem confiança de que a reforma da Previdência seguirá tramitando na Câmara. "A reforma da Previdência não saiu de pauta e serão cumpridos os prazos definidos pelo Congresso", disse.

Na segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma da Previdência começará a ser votada no plenário da Casa entre os dias 5 e 12 de junho.

Antes da delação do executivo da JBS, Joesley Batista vir a tona e causar uma das mais graves crises do governo Temer, entretanto, a previsão inicial era de que a reforma poderia ser apreciada nesta semana na Casa.

Por se tratar de uma mudança na Constituição, a proposta precisa passar por duas votações no plenário e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos favoráveis.

O governo tenta, como reação à crise, mostrar que segue trabalhando e quer que o Congresso aprecie medidas provisórias entre hoje e amanhã para dar ares de normalidade à gestão.

Prisão

Nesta terça, o governo foi atingido por mais uma crise, com a prisão do assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República, Tadeu Filippelli (PMDB), por conta de investigações de fraudes e desvio de recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Além de decidir exonerar o assessor, no Planalto, assessores do presidente tentam explicar que o motivo da prisão de Filippelli tem a ver com atos ocorridos antes de ele ter chegado ao Planalto, quando era do Governo do Distrito Federal.

Filippelli tinha um gabinete no terceiro andar no Palácio do Planalto, a poucos metros do presidente Temer. Ele é o terceiro assessor de Temer a ser derrubado. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures acabaram afetados por denúncias.