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IBGE: valor real das construções no País cai 16,5% em 2015 e soma R$ 354,4 bi

Vinicius Neder

Rio

21/06/2017 10h45

O valor das incorporações, obras e serviços realizados pelas empresas de construção somaram R$ 354,4 bilhões em 2015, queda de 16,5% em termos reais na comparação com o ano anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que divulgou a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) referente a 2015.

No mesmo período, a receita operacional líquida do setor recuou, também em termos reais, 18,7%, para R$ 323,9 bilhões.

A pesquisa mostra ainda que, excluindo as incorporações, o valor das obras e serviços realizados pela indústria da construção atingiu R$ 337,9 bilhões. Deste montante, R$ 103,5 bilhões vieram das obras contratadas por entidades públicas, que representaram 30,6% do total da construção - patamar superior ao verificado em 2014, quando ficou em 33,9%.

O segmento de construção de edifícios se manteve como o que mais contribuiu para o valor corrente das incorporações, obras e serviços realizados, com R$ 165,7 bilhões, ou 46,7% do total em 2015.

Em seguida, vêm obras de infraestrutura, com fatia de 33,9% em 2015, equivalente a R$ 119,9 bilhões. A fatia é inferior ao padrão de 2013 (40,2%) e 2014 (38,3%), quando os efeitos da Operação Lava Jato e da recessão ainda não tinham atingido em cheio o setor da construção.

Já o setor de serviços especializados para construção ganhou participação. Com R$ 68,7 bilhões, ficou com uma fatia de 19,4% do total em 2015, acima dos 17,9% de 2014.

Vagas de emprego

Apesar do crescimento do número de empresas ativas na indústria da construção entre 2014 e 2015, 500 mil vagas de trabalho foram cortadas, ainda no primeiro ano de recessão na economia, segundo o IBGE.

O número de empresas ativas encerrou 2015 em 131.487, contra 128.012 em 2014. Em 2014, o total de empresas empregava 2,9 milhões. Em 2015, empregou 2,4 milhões de trabalhadores.

O gasto com pessoal ocupado correspondeu a 33,3% do total dos custos e despesas dessas empresas, resultado superior à participação em 2014 (32,8%). Com a crise, o salário médio mensal encolheu 1,4% em termos reais, de R$ 1.970,05 em 2014 para R$ 1.943,43 em 2015.