EPE prevê alta de 3,6% ao ano no consumo de eletricidade de 2017 a 2032
"O setor industrial nos últimos 15 anos cresceu bem abaixo das demais classes, em um contexto de perda de competitividade da atividade no País, ligada a questões tributárias e logísticas, assim como também em função do ciclo econômico de recessão", avalia o estudo. "Espera-se que, ao longo dos próximos 15 anos, a solução gradual desses entraves e a retomada da atividade econômica implicarão um ritmo de perda de participação industrial mais lento", afirma.
A EPE ressaltou que entre as perspectivas setoriais o crescimento da indústria da celulose se destaca nos três cenários, mas que o setor não tem grande impacto no consumo de energia porque se utiliza da autoprodução de energia elétrica a partir da lixívia, subproduto da celulose. A EPE também não vê grande crescimento para a indústria de alumínio, consumidora intensiva de eletricidade, mas que a retomada parcial da utilização da capacidade instalada atual, prevista nos três cenários, pode gerar um grande impacto no consumo de eletricidade na rede.
O consumo total em 2032 , segundo o estudo, vai atingir 787,5 Terawatts-hora (TWh), contra os 465 TWh registrados em 2017. Do total do consumo projetado, 32,6% seriam utilizados pela indústria, 30% pelo segmento residencial e 20% pelo comercial. Em 2017, essa divisão foi de 35,9%, 28,8% e 19%, respectivamente.
De acordo com o estudo, os diferentes cenários também refletem incrementos distintos para a expansão da carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para os próximos 15 anos, espera-se que haja uma expansão média anual de 2,9 gigawatts-médio (GW médios) no cenário de referência, enquanto nos cenários alternativos inferior e superior há incrementos de 2,6 e 3,2 GW médios anuais, respectivamente.
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