Eunício diz que Senado votará projeto da reoneração 'como ele está'
"Conversei hoje (terça) e ontem (segunda) com o ministro (Eduardo) Guardia, com o presidente Michel Temer. Não há como não se manter a redução de R$ 0,46 do diesel (sem a votação do projeto). O Senado foi fiador do acordo (com os caminhoneiros). Votaremos o projeto como ele está. Vamos manter os R$ 0,46 acertados para dar celeridade. Vou propor ao plenário a votação e vou tentar fazer agora", disse Eunício, antes de explicar que eventuais alterações serão feitas pelo governo Michel Temer por meio de decreto.
"Os R$ 0,46 centavos estão mantidos. Não há mais tempo de ele voltar para a Câmara. O governo poderá substituir fontes por meio de decreto. Cabe ao governo substituir, se quiser, a fonte do que será aprovado", explicou.
O projeto de reoneração aprovado na Câmara reduz neste ano a desoneração da folha de pagamento para 28 setores da economia. E também prevê zerar, até o final deste ano, a PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel. Por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), seria preciso encontrar uma fonte de compensação financeira para eliminar o imposto. É justamente a reoneração que servirá de fonte.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, destacou a importância da votação para que o preço do óleo diesel, de fato, caia, como prometido pela gestão emedebista aos caminhoneiros em greve. Segundo Guardia, apenas a reoneração não será suficiente pra cobrir os R$ 4 bilhões de rombo com a zeragem do PIS/Cofins. Medidas adicionais serão tomadas após a aprovação da reoneração.
O projeto de reoneração ganhou regime de urgência na segunda-feira, 28, e pode ser colocado em pauta no plenário a qualquer momento, sem necessidade de passar por comissões.
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