Interrupções em rodovias aumentam para 616, porém com menor número de veículos
Em novo balanço apresentado no início da noite desta terça-feira, 29, o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, Ademir Sobrinho, informou que existem três bloqueios totais: na BR-070, saída do Distrito Federal para Goiás, em Minas Gerais e no Ceará. Segundo Sobrinho, nenhum deles é feito por caminhoneiros. O almirante disse ainda que o número de "interrupções" detectadas, que na segunda-feira eram de 594, estava em 616 nesta terça. "Não dá para dizer que piorou porque embora o número de interrupções tenha aumentado, o número de veículos envolvidos diminuiu", observou.
De acordo com o chefe do Estado Maior, além de Bacabeira, no Maranhão, houve confrontos em Seropédica e Barra Mansa, no Rio de Janeiro, e em Rio Branco, no Acre. Mas ele disse não poder especificar que grupos e em que locais ocorreram os confrontos, embora tenha assegurado que não eram caminhoneiros. Segundo o almirante, no Maranhão, houve uso da força e gás lacrimogêneo e sete pessoas que estavam bloqueando a estrada foram presas. Os confrontos ocorreram entre segunda e terça-feira e não houve militares feridos.
O almirante disse que o governo vai agir para dissolver essas manifestações, sempre evitando o confronto. E, para evitar que esse tipo de protesto continue acontecendo, as forças de segurança vão fazer vigilância nas estradas, montando pontos volantes, depois que forem dissolvidos os protestos e estabelecidos corredores de transporte.
O almirante Ademir Sobrinho explicou que esses corredores são áreas liberadas para circulação com segurança, em estradas onde não há mais pontos de interrupção. Até esta terça-feira já existem três corredores totalmente liberados no País: Belo Horizonte (MG) a Brasília (DF); Vilhena(RO) a Rio Branco (AC), e de Boa Vista (RR) a Caracaraí (RR). E acrescentou que até quarta-feira mais dois deverão ser abertos. "Ontem (segunda) transportamos 13% das necessidades País. Hoje foram 35%, inclusive com escoltas", afirmou.
Multas
O corregedor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Célio Constantino da Costa, que também participou da coletiva, disse que a PRF encaminhou para a Advocacia Geral da União 176 autuações feitas a veículos que foram "flagrados" e estavam "deliberadamente parados e violando o direito legal de ir e vir das pessoas".
Segundo ele, as multas aplicadas por decisão judicial foram encaminhadas à AGU para que o órgão faça o procedimento legal para encaminhar ao STF para que ele, sim, aplique as multas. A decisão do Supremo indicava multa de R$ 100 mil por hora para empresas e R$ 10 mil por dia aos caminhoneiros.
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