BC ressalta que próximos passos continuarão dependendo da atividade econômica
O anúncio veio em meio a um cenário adverso para as economias emergentes com a valorização mundial do dólar. Para evitar crises cambiais, Argentina e Turquia precisaram elevar suas taxas de juros nos últimos meses para conter a saída de divisas do país. Havia o receio de que o Banco Central precisasse adotar uma medida similar para conter a desvalorização do real.
No entanto, amparado por um quadro confortável nas contas externas, pela recuperação lenta da economia e pela inflação abaixo do centro da meta, o Brasil tem atravessado o período de cenário internacional adverso a economias emergentes sem recorrer ao aumento de juros. No dia 8 de junho, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, chegou a afirmar que a política monetária não seria utilizada para controlar a taxa de câmbio.
Para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) a curva de juro a termo, demonstração gráfica de como o mercado prevê a dinâmica da taxa de juros, aponta para o início de um ciclo de altas na taxa Selic.
De acordo com cálculos do banco Haitong, para a reunião de agosto, há 100% de chance de alta de 0,25pp. Nos encontros seguintes do comitê, há possibilidade maior de aumento de 0,50 pp da Selic em setembro; mais 0,50pp para outubro; e 0,50pp em dezembro.
Na pesquisa Focus divulgada nesta semana, os economistas do mercado financeiro, no entanto, esperam pela manutenção da Selic em 6,50% até maio de 2019, quando poderia ser elevada de 6,50% para 6,75% ao ano.
As datas das próximas decisões do Copom são as seguintes: 1º de agosto; 19 de setembro; 31 de outubro; 12 de dezembro.
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