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Relatório da Casa Branca acusa China de "agressão econômica"

Washington

20/06/2018 05h17

O governo dos EUA ampliou suas críticas às práticas comerciais da China com um relatório da Casa Branca divulgado na noite de terça-feira que acusa Pequim de se engajar numa sistemática campanha de "agressão econômica".

O documento foi publicado um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, causar turbulência nos mercados financeiros globais ao ameaçar impor tarifas adicionais a produtos chineses.

O relatório não sugere qualquer nova política além de restrições comerciais e de investimentos já anunciadas por Washington ou ainda em estudo, mas intensifica o tom belicoso da Casa Branca em relação à China.

No documento, que tem como principal autor o conselheiro de comércio da Casa Branca, Peter Navarro, a suposta agressão econômica da China é dividida em cinco amplas categorias, incluindo proteção de seu mercado para produtores domésticos, formas de assegurar o controle de recursos naturais e a busca de predominância em indústrias de tecnologia de ponta.

Navarro tem influenciado algumas das posições comerciais mais radicais de Trump desde a campanha presidencial de 2016.

O relatório também lista 50 tipos de políticas - que vão de roubo cibernético de propriedade intelectual ao bloqueio de acesso de estrangeiros a matérias primas disponíveis principalmente na China - que Pequim estaria utilizando para atingir seus objetivos.

Na segunda-feira (18), a disputa comercial entre EUA e China se agravou depois que Trump revelou ter pedido um estudo sobre a imposição de tarifas de 10% sobre mais US$ 200 bilhões em bens chineses. Em resposta, Pequim disse que irá proteger seus interesses e está preparada para revidar.

No fim da semana passada, a Casa Branca já havia anunciado planos de tarifar em 25% um total de US$ 50 bilhões em produtos chineses. Na ocasião, Pequim prometeu retaliar na mesma proporção. Fonte: Dow Jones Newswires.