Se realmente houver guerra comercial, temos mais munição, diz Ross
A autoridade afirmou que a China e outros países têm lançado uma série de barreiras para impedir a entrada de produtos americanos, várias segundo ele injustificadas, como o risco de doenças que não têm tido presença significativa nos EUA, como a gripe aviária. "Eles têm sido muito protecionistas", reclamou. "Precisamos de ações para induzir mudanças nos comportamentos dos outros países", defendeu, o que segundo ele não significa sacrificar o crescimento.
Ross foi questionado sobre a possibilidade de que o crescimento econômico americano tenha um impacto ruim por causa das tensões comerciais, com tarifas e retaliações. "Naturalmente, haverá retaliações de alguns países", afirmou. Segundo ele, porém, era preciso uma ação de Washington: "Tornaremos mais penoso para os demais países a adoção de práticas ruins no comércio", disse, enfatizando que os EUA desejam ser "justos e recíprocos" no comércio exterior.
O secretário afirmou que a União Europeia, por exemplo, tem impostos salvaguardas em seu mercado, para evitar o excesso de capacidade no setor de metais, o que para ele é uma consequência positiva da postura americana.
Ross mantém, de qualquer modo, uma visão otimista sobre a economia. "Encontrar trabalhadores é o principal problema agora para as empresas americanas", disse, citando o corte em regulações e impostos e o incentivo a investimentos vindos do exterior. "Continuaremos a ver um mercado de trabalho muito forte."
O secretário de Comércio ainda falou brevemente sobre o caso da ZTE, empresa chinesa alvo de punição nos EUA por ter desrespeitado sanções anteriores que restringiam o comércio com Irã e Coreia do Norte. Segundo ele, pode ainda haver um acordo para a retirada das restrições a negócios da companhia. "É importante modificar o comportamento da ZTE."
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