A empresários em NY, Temer diz que vai tentar votar a Previdência após eleição
Ao falar sobre eleições, ele afirmou ainda que não há espaço para alternativas políticas à democracia no País. "Hoje não existe no Brasil qualquer espaço político para que prosperem alternativas ao estado democrático de direito", afirmou. "Nós consolidamos três consensos fundamentais (desde a Constituição Federal de 1988): primeiro, em torno da democracia. Depois, em torno da estabilidade macroeconômica. E em torno do imperativo das políticas sociais", afirmou o presidente. Ele disse que não tem a intenção de "prever cenários", mas sim apresentar elementos sobre a dinâmica brasileira.
"Vamos ser bastante objetivos, o fato é que os principais candidatos podem discordar sobre muita coisa, mas coincidem quanto a cada um dos três contextos. Nenhum deles pôs em dúvida a democracia, e nem haveria espaço para isso", disse Temer, garantindo aos empresários que "não haverá volta atrás" em reformas empreendidas em seu governo, como a trabalhista ou o teto dos gastos públicos. "As (reformas) que ainda estão por fazer são inevitáveis", disse, em menção à reforma tributária e da Previdência.
O presidente fez um balanço de seu governo, destacando o que considerou reformas, marcos regulatórios em infraestrutura e avanços econômicos que, segundo ele, fizeram a inflação recuar, a taxa básica de juros cair e o desemprego estancar. "Nós vencemos a crise", disse Temer, ressaltando que o Brasil é um país atrativo para investidores.
"O nosso governo prestigiou e prestigia a iniciativa privada, tanto a nacional, como a estrangeira. Sabemos que o Estado não pode nem deve fazer tudo, é o setor privado que cria emprego, riqueza e renda. Esse é o novo Brasil que estamos construindo", disse o presidente.
Temer destacou o mercado de 208 milhões de consumidores, agricultura "avançadíssima e competitiva" e um parque industrial "moderno e diversificado".
"E há um fato político importante, nós estamos distantes de focos de tensão geopolíticas, nós vivemos em paz com nossos vizinhos", disse Temer. Aos investidores e empresários, ele afirmou que as instituições brasileiras são "fortíssimas".
Ele falou sobre a emenda que estabeleceu um teto nos gastos públicos como uma das formas de "encarar" os problemas. "O que nós fizemos foi reduzir os gastos, estabelecer um teto, e o fizemos com grande responsabilidade. A emenda constitucional que aprovamos prevê um prazo mínimo de dez anos para que possa haver uma revisão", disse Temer.
O presidente falou que "os empregos estão voltando" no Brasil e que a reforma trabalhista foi uma iniciativa para tornar a legislação adequada aos tempos contemporâneos. Segundo ele, a reforma foi feita através de diálogo com o Congresso e setores produtivos.
O evento foi organizado em Nova York pela Brazil-U.S. Business Council. Na terça-feira, 25, Temer faz o discurso de abertura da 73ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Participam da comitiva de Temer os ministros Moreira Franco (Minas e Energia), Ronaldo Fonseca (Secretaria-Geral), Aloysio Nunes (Itamaraty) e Sérgio Etchegoyen (SGI) e os embaixadores Mauro Vieira (embaixador do Brasil junto à ONU) e Sérgio Amaral (embaixador do Brasil em nos EUA).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.