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Se previsões do Tesouro estiverem corretas, meta será cumprida com folga, diz BC

Fabrício de Castro

Brasília

30/11/2018 14h27

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta sexta-feira, 30, que, se as previsões do Tesouro Nacional "estiverem corretas, a meta fiscal será cumprida com folga, o que é bom".

A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 161,3 bilhões para 2018. O Tesouro, no entanto, estima que o déficit poderá ficar cerca de R$ 40 bilhões abaixo da meta.

"As receitas têm crescido em função da recuperação da economia, e o crescimento das despesas tem sido mais contido", disse Rocha, ao justificar a tendência de a meta ser cumprida com folga.

Concentração

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central explicou que outubro é um mês em que, tradicionalmente, o setor público registra superávits primários. Isso se deve a um efeito sazonal.

"A série histórica tem sazonalidades. O mês de outubro concentra uma arrecadação trimestral de impostos", disse Rocha. "Há concentração de arrecadação de IRPJ, CSLL e royalties de petróleo", citou.

Além disso, o governo tem optado, nos últimos anos, a pagar o 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS em agosto e setembro - e não mais em outubro, como ocorria antes. Com isso, as despesas do setor público em outubro também têm diminuído, explicou Rocha.

"Ao tirar o pagamento do 13º salário de outubro, os resultados do mês se tornam ainda mais sazonalmente favoráveis", disse Rocha.