Inflação de famílias mais pobres dispara em dezembro, diz Ipea
O resultado se deve ao maior aumento do preço de itens que impactam com mais força a baixa renda, como alimentos. Segundo o Ipea, em dezembro, os legumes subiram 9%; as verduras, 2,3%; frutas, 3%; e carnes, 2%. Também pesaram o aumento do preço do vestuário, como roupas femininas, em alta de 2,3%, e o reajuste de 0,5% do aluguel. Já para as famílias de alta renda, pesaram as passagens aéreas impulsionadas pelas férias, com preços 29,1% mais altos, e do aumento de 0,8% dos planos de saúde.
Por outro lado, a energia beneficiou a todas as classes, com queda de 4,8% no preço da gasolina e de 2% na conta de luz. "A queda de 4,8% no preço da gasolina foi o principal fator de descompressão inflacionária nas faixas de renda mais alta, que também se beneficiaram, ainda que em menor proporção, da queda das tarifas de energia elétrica", explicou o Ipea.
2018
No acumulado de 2018, a inflação cresceu em todos os segmentos de renda, resultado do aumento dos preços dos alimentos a partir do segundo semestre e, sobretudo, dos reajustes dos combustíveis e da energia elétrica entre junho e outubro. Embora as famílias mais pobres tenham sofrido mais em dezembro, no acumulado de 12 meses a alta de preços neste segmento foi de 3,5%, contra 3,9% nas faixas de renda mais alta.
O Ipea informou ainda que apenas as classes de renda média-alta e de alta tiveram aumento de preços acima da inflação oficial no ano passado, de 3,90% e 3,92%, respectivamente, contra o Índice Nacional de Preços Amplo (IPCA) de 3,75% registrado em 2018. No acumulado, a renda baixa teve inflação de 3,59%; a renda média-baixa, de 3,73%; de renda média, 3,69%.
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