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Enel vende por R$ 2,9 bi usinas renováveis à CGNEI, da China

Luciana Collet

São Paulo

17/01/2019 14h01

O braço de energia renovável do grupo italiano Enel no Brasil, a Enel Green Power Brasil Participações, acertou a venda de 100% de três usinas para a chinesa CGN Energy International Holdings Co. Limited (CGNEI). O valor total da transação foi ? 700 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões).

Os três ativos negociados somam 540 MW e já estão em operação: os parques solares Nova Olinda (292 MW), localizado no Estado do Piauí, e Lapa (158 MW), na Bahia, além do parque eólico Cristalândia, de 90 MW, também na Bahia.

As três usinas possuem contratos de venda de energia de longo prazo (PPAs) em vigor. Lapa e Nova Olinda estão apoiadas por contratos de fornecimento de 20 anos que preveem a venda de volumes específicos de energia gerada pelas usinas para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Cristalândia é apoiada por PPAs de 20 anos com um pool de distribuidoras brasileiras.

A Enel destacou, em comunicado, que a operação está em linha com o plano estratégico do grupo para o período 2019-2021, alternando ativos para disponibilizar recursos que podem ser investidos em novos projetos, enquanto permanece nas atividades de operação e manutenção dos ativos vendidos. "O mercado brasileiro de energias renováveis é rico em oportunidades para o grupo, que quer seguir crescendo no País", afirmou a companhia.

O responsável pela Enel Green Power, Antonio Cammisecra, afirmou, em nota, que a companhia segue focada nas oportunidades oferecidas pelo mercado de energia renovável no Brasil e investindo de forma contínua no País. "Com a venda desses ativos, estamos captando valor para nosso crescimento no Brasil, onde estamos implementando um grande conjunto de projetos renováveis", declarou.

Segundo ele, a Enel Green Power vai desempenhar um papel ativo por meio do desenvolvimento de novos projetos e da gestão do conjunto de plantas em operação.

A conclusão da venda está prevista para até o fim do primeiro trimestre, sujeita ao cumprimento de condições prévias, incluindo a aprovação das autoridades antitruste brasileiras.

Os valores estão sujeitos a ajustes em linha com as práticas padrão de mercado para esse tipo de transação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.