GM pede ao governo gaúcho custo menor em porto e isenção de ICMS
Em entrevista ao Estadão/Broadcast após a reunião, o governador relatou dois desses pedidos: que o Estado volte a ter isenção no ICMS cobrado sobre o frete interestadual, um benefício que expirou no fim do ano passado; e que o governo gaúcho adote medidas para diminuir o custo de exportação a partir do Porto de Rio Grande.
Leite disse que vai analisar a viabilidade das demandas da empresa, para discuti-las numa nova reunião com executivos marcada para daqui a 15 dias, dessa vez no Rio Grande do Sul. No entanto, ressaltou que esses pedidos, mesmo que atendidos, não serão determinantes para que a montadora decida manter a fábrica que tem no Estado, localizada em Gravataí. "O que é decisivo para o negócio da GM são as negociações com os sindicatos, para redução de custo operacional, e com governo do Estado de São Paulo, para investimentos nas fábricas de São José dos Campos e São Caetano do Sul", disse.
"A planta de Gravataí está mais distante disso, mas sofrerá impactos de uma eventual decisão da empresa de desativar São Paulo", acrescentou o governador.
Se a GM fechar as fábricas localizadas em São Paulo, perderá participação de mercado no Brasil e poderá concluir que não faz mais sentido permanecer no País, encerrando também a operação de Gravataí, disse o governador. A montadora afirma que registrou prejuízo no Brasil nos últimos três anos e sinalizou aos funcionários que pode deixar o País se não voltar a ter lucro em 2019.
A montadora tem conversas mais adiantadas com o governo paulista, para o qual pediu antecipação de créditos acumulados no ICMS, devido à diferença de alíquotas entre Estados e para exportação. Em paralelo, mantém negociações com os sindicatos dos metalúrgicos das cidades paulistas e de Gravataí, para reduzir o piso salarial de novos contratados e buscar outras flexibilizações trabalhistas. Ainda não houve acordo em nenhuma das negociações.
Em Gravataí, a GM produz dois modelos, o Onix e o Prisma, que são os mais vendidos pela empresa no Brasil. A fábrica tem capacidade de produzir 350 mil carros por ano e conta com 6 mil trabalhadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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