Governadores darão contribuição a texto da reforma por meio de bancadas, diz Onyx
"Os governadores estão recebendo muito positivamente. A recepção está sendo muito positiva. É claro que vamos ter que fazer ajustes no texto. Os governadores vão dar sua contribuição, junto de suas bancadas, para que o texto seja adequado não apenas no plano federal, mas que possa também dar sua contribuição para que os Estados brasileiros encontrem o equilíbrio", afirmou Onyx.
Ele sinalizou também que já conta com a possibilidade dos parlamentares "aperfeiçoarem" a proposta, chamada pelo governo de Nova Previdência. Ele pediu, no entanto, que os congressistas superem as disputas políticas. "A Nova Previdência tem que superar disputas políticas porque é uma escolha e hoje o governo colocou essa escolha na mão dos congressistas que vão aperfeiçoá-la, melhorá-la, não tenho a menor dúvida de que a escolha que o Brasil fez é ser uma grande nação", afirmou. "Nós vamos aprová-la na Câmara e no Senado".
O ministro da Casa Civil voltou a defender o regime de capitalização, uma das novidades da reforma em relação ao texto proposto pela gestão de Michel Temer. "Esse novo caminho é através do regime de capitalização que já provou, em vários países do mundo, ser um sistema sustentável e contribui para o aumento da poupança interna. O Brasil precisa ter condições de elevar sua poupança interna, em quatro ou cinco anos, para 20% do nosso PIB para permitir que tenhamos a independência, ou seja, financiar nosso crescimento para possamos reduzir a dependência externa. O Brasil vai estabilizar ainda mais sua moeda", disse.
Onyx justificou que o atual sistema de aposentadorias "fracassou". "O sistema de repartição é um fracasso geracional. É muito melhor, muito mais inteligente porque vai ser um modelo de poupança individual que é completamente da capitalização em fundos como foi no Chile. A poupança individual respeita a tradição brasileira, isso está no nosso dia. Quem aqui nunca teve uma poupança individual? Não apenas uma reforma, é uma Nova Previdência."
Como argumento, o ministro citou países europeus que também fizeram a reforma. "Brasil precisa dar segurança a quem está no presente. Se o sistema não for ajustado, ele poderá ter problemas no futuro. A Espanha teve problemas como o nosso. O próprio Portugal teve problema como o nosso e teve cortar 30% das aposentadorias. Vários e vários países passaram por um momento como o nosso".
Questionado sobre como a divulgação de áudios pessoais do presidente pode impactar na votação das reformas, Onyx culpou "setores" da imprensa brasileira. "Eu estou falando da nova Previdência que é o que importa para os brasileiros, os áudios importam para setores da imprensa brasileira."
Por fim, ele voltou a dizer que a proposta do governo tem "preocupação" com a justiça social". "Justiça social é aumentar as contribuições daqueles que ganham mais", complementou.
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