Sondagem da CNI mostra atividade em recuperação e empresários otimistas
A CNI observa que os dois indicadores estão próximos da linha divisória dos 50 pontos e mostram melhora na atividade. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos, sendo que quando estão abaixo dos 50 pontos mostram queda na produção e emprego.
Em meses de janeiro, a produção costuma cair, mas neste ano ficou próxima da estabilidade. Além disso, a utilização da capacidade instalada foi de 66% em janeiro, ante 65% registrada em dezembro. De acordo com a pesquisa, esse é o porcentual mais elevado dos últimos quatro anos para o período. Os estoques também ficaram próximos do planejado pelos industriais.
Expectativas
Com o cenário melhor, os empresários da indústria estão mais otimistas. Os indicadores de expectativas de número de empregados, de demanda e de compras de matérias-primas subiram pelo quarto mês consecutivo e se mantêm acima da linha divisória dos 50 pontos. "Isso mostra que os industriais esperam o crescimento da demanda, do emprego e da compra de matérias-primas nos próximos seis meses", diz o documento da CNI.
Por outro lado, o indicador de expectativa de quantidade exportada caiu de 56,1 pontos em janeiro para 54,3 pontos em fevereiro, mas continua acima dos 50 pontos, o que mostra que há perspectivas de aumento das vendas externas.
O índice de intenção de investimento cresceu de 56,1 pontos para 56,6 pontos. Esse foi o quinto mês consecutivo de alta do indicador, que é o maior desde abril de 2014, quando o índice registrado foi de 57,7 pontos.
"Esperamos que as expectativas otimistas se concretizem e que o ritmo de recuperação da atividade industrial se mantenha ou mesmo acelere nos próximos meses. Para isso, é importante que seja aprovada uma reforma da Previdência robusta, capaz de realmente reverter a trajetória explosiva do déficit público", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela entidade.
A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de fevereiro com 1.938 empresas.
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