Transporte aéreo de carga cai 1,8% em janeiro, pior desempenho em 3 anos
Já a oferta global por transporte aéreo de cargas, apurada em toneladas-quilômetro disponíveis (AFTK, na sigla em inglês), subiu 4,0% em relação a janeiro de 2018. Em nota, a Iata destaca que esse é o décimo primeiro mês consecutivo em que a expansão da capacidade é superior à demanda.
Segundo a associação, o transporte aéreo de cargas continua a enfrentar desafios consideráveis, com o enfraquecimento tanto da atividade econômica global como dos indicadores de confiança do consumidor. "O mercado de transporte de carga contraiu em janeiro. Isso representa a piora de uma tendência de enfraquecimento que teve início em meados de 2018. A menos que haja uma redução nas medidas protecionistas e uma diminuição nas tensões comerciais os prospectos de uma rápida recuperação são pequenos", alerta em nota o diretor-geral e CEO Iata, Alexandre de Juniac. Conforme a Iata, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) tem indicado uma retração nas exportações desde setembro de 2018.
Na abertura por regiões, apenas América do Norte (+3,3%) e África (+1,7%) apresentaram crescimento na demanda por transporte aéreo de carga em janeiro em relação a um ano antes. A oferta nas duas regiões também cresceu 5% e 8,2%, respectivamente.
Entre as regiões que apontaram retração no período o destaque foi o Oriente Médio, com queda de 4,5% na demanda, seguida por Ásia-Pacífico (-3,6%) e Europa (-3,1%). Já as ofertas nessas regiões aumentaram 4,1%, 4,1% e 2,8%, respectivamente, na mesma base de comparação.
Na América Latina, o indicador de demanda ficou estável no primeiro mês do ano, enquanto a capacidade caiu 0,7%, ambas em relação ao informado um ano antes. De acordo com a Iata, apesar das incertezas sobre a economia na região, alguns mercados-chave estão registrando desempenho forte. "O transporte de cargas dentro da América do Sul e entre as Américas Central e do Sul cresceu a uma taxa de dois dígitos em janeiro. E a demanda em rotas entre as Américas do Norte do Sul também tem evoluído bem", acrescenta a associação.
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