Moro e Guedes indicam nomes para vagas abertas no Cade
Também é cotado para o órgão o economista Sérgio Aquino, que já foi economista-chefe do Cade e é visto com bons olhos pela equipe de Guedes. Ganhou força ainda a recondução do atual superintendente-geral Alexandre Cordeiro, cujo mandato vence em outubro.
O governo quer acelerar o processo de indicações porque, como mostrou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o Cade pode ficar sem quórum no segundo semestre. Já há um assento no tribunal vago e outros três mandatos vencem até julho, deixando o órgão com apenas três conselheiros - o quórum mínimo para julgamento são quatro.
Todas as indicações serão feitas pelo presidente Jair Bolsonaro ao Senado e os candidatos terão que passar por sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e serem aprovados pelo plenário da Casa antes de serem nomeados por Bolsonaro, processo que leva em média dois a três meses.
Segundo fontes, a ideia do governo é reequilibrar o tribunal do Cade entre economistas e advogados, como era costume até os últimos anos.
Currículo
Tanto Guedes quanto Moro querem priorizar nomes técnicos e que tenham "forte formação", após críticas feitas durante o governo Michel Temer, quando indicações foram apadrinhadas por políticos. Ainda não está certo se serão feitas as duas primeiras indicações e, em segundo momento, as restantes, ou se serão enviados quatro nomes para o conselho de uma só vez - a recondução de Cordeiro ou indicação de um novo nome para a vaga de superintendente-geral só seria feita no segundo semestre.
Leonardo Rezende chegou a ser cotado para integrar o Cade no ano passado e deve agora ser indicado para a vaga da conselheira Polyanna Vilanova, cujo mandato se encerra em julho. Com doutorado em Economia pela Universidade de Stanford (EUA), foi diretor do Departamento de Economia da PUC/Rio (2009 a 2016), e atua nas áreas de organização industrial e teoria microeconômica.
Indicado pela equipe de Moro, Vinícius Klein é procurador do Estado do Paraná desde 2008 e deverá entrar no lugar de Cristiane Alkmin, que deixou o conselho em janeiro para ser secretária de Fazenda de Goiás.
Procurados, os cotados não responderam à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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