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Fundações e associações sem fins lucrativos diminuíram, diz IBGE

Daniela Amorim

Rio

05/04/2019 12h36

O Brasil tinha 237 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil) atuando no País no ano de 2016, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de fundações e associações sem fins lucrativos recuou 14% em relação a 2013. A queda foi maior ante o primeiro levantamento, realizado em 2010: -16,5%.

O total de pessoas trabalhando nessas organizações, porém, cresceu 11,7% entre 2010 e 2016. Os principais aumentos no total de ocupados ocorreram nos grupos: Saúde (25,5%), Religião (23,9%) e Desenvolvimento e defesa de direitos (11,4%).

Os dados sobre as chamadas Fasfil foram obtidos através do Cadastro Central de Empresas (Cempre). De acordo com o levantamento, os trabalhadores das fundações e associações ganhavam, em média, o equivalente a três salários mínimos por mês em 2016. A massa salarial totalizou R$ 80,3 bilhões, uma média de R$ 2.653,33 por pessoa por mês, a mesma remuneração média observada para o universo de todas as empresas cadastradas no Cempre.

As mulheres eram 66,0% do total de assalariados nas organizações sem fins lucrativos, porcentual superior ao observado no Cempre, onde elas representavam 44,0% dos empregados. No entanto elas recebiam 24% menos que os homens.

A região Sudeste concentrava quase metade (48,3%) das organizações sem fins lucrativos em 2016. As demais estavam distribuídas em maior número no Sul (22,2%) e no Nordeste (18,8%). As regiões Norte (3,9%) e Centro-Oeste (6,8%) detinham os menores porcentuais.

Os grupos com mais entidades ativas no ano de 2016 foram Religião (com 35,1% de todas as fundações e associações sem fins lucrativos), Cultura e recreação (13,6%), Desenvolvimento e defesa de direitos (12,8%), Associações patronais e profissionais (12,2%) e Assistência social (10,2%).

Em 2016, 64,5% dessas instituições, o equivalentes a 152,9 mil entidades em atividade, não possuíam sequer um empregado assalariado, provavelmente, apoiando-se em trabalho voluntário e prestação de serviços autônomos, justificou o IBGE.

As instituições sem empregados assalariados eram mais comuns no grupo Religião, onde 37,5% das entidades não tinham funcionários. Por outro lado, as organizações que mais empregavam eram da área da Saúde, respondendo por 35,7% do pessoal ocupado, seguidas pelo segmento de Educação e pesquisa, com 28,6%.

Uma pequena fatia de 1,6% das organizações sem fins lucrativos tinha mais de 100 empregados em 2016, onde estavam concentradas 1,5 milhão de pessoas, 64,7% do total de assalariados existentes em todas as entidades sem fins lucrativos.