IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Conta de viagens internacionais registra déficit de US$ 1,150 bi em junho

Fabrício de Castro

Brasília

25/07/2019 12h21

A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em junho, informou o Banco Central nesta quinta-feira, 25. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 1,150 bilhão. Em igual mês de 2018, o déficit nessa conta foi de US$ 1,109 bilhão.

O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,524 bilhão em junho. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 374 milhões no mês passado.

No primeiro semestre, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 5,730 bilhões. Para 2019, o BC estima um déficit de US$ 12,0 bilhões.

Dívida externa bruta

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em junho é de US$ 321,227 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2018 terminou com uma dívida de US$ 320,612 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 251,133 bilhões em junho, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 70,094 bilhões no fim do mês passado.

Fluxo comercial em julho

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, informou que o fluxo cambial total no País está negativo em US$ 1,677 bilhão em julho até o dia 23. A cifra é resultado de um fluxo comercial negativo de US$ 1,176 bilhão e de um fluxo financeiro negativo de US$ 501 milhões no mesmo período.

Na conta comercial, ocorreram em julho até o dia 23 importações de US$ 10,868 bilhões e exportações de US$ 9,692 bilhões. Dentro das exportações foram US$ 1,644 bilhão de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 3,073 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 4,975 bilhões em demais operações. Dentro da conta financeira, ocorreram no período entradas de US$ 39,218 bilhões e saídas de US$ 39,719 bilhões.

Com o movimento verificado em julho, até o dia 23, a posição dos bancos no mercado à vista passou de vendida em US$ 30,867 bilhões no fim de julho para vendida em US$ 32,327 bilhões agora.