Bolsonaro tratará de acordo Mercosul-Japão em audiência com primeiro-ministro
Na avaliação de integrantes do governo brasileiro, é mais provável que um eventual pronunciamento sobre o início das tratativas fique para a visita de Shinzo Abe ao Brasil, em novembro.
O foco, agora, é a cerimônia de coroação do imperador do Japão, Naruhito, que acontece na terça-feira, 22. Também é considerada a possibilidade do anúncio ser substituído por um estudo oficial sobre um possível acordo nas próximas semanas, em tom mais discreto.
Ao chegar em Tóquio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ainda não sabe se será possível iniciar as negociações ou não, mas que o assunto está "adiantado". "Não sei, não sei. Está adiantado", avaliou.
Questionado sobre se está interessado em começar as negociações, Bolsonaro respondeu que "é lógico". "É lógico que estou interessado, a Coreia do Sul também, os Estados Unidos. Está indo bem o Brasil", declarou a jornalistas.
O momento para o acordo é considerado propício, já que os japoneses encerraram recentemente as tratativas com os Estados Unidos. As conversas com o bloco de países sul-americanos, então, poderiam ganhar espaço. A pauta positiva também viria em boa hora para o governo brasileiro.
Segundo o secretário de Negociações Bilaterais na Ásia, Pacífico e Rússia, embaixador Reinaldo José de Almeida Salgado, um estudo feito no Japão mostra que 97% da pauta exportadora do Japão para o Brasil está coberta no acordo Mercosul-UE.
"Se a gente não correr atrás, esse comércio tenderá a declinar. Por muito tempo, o Japão esteve envolvido no acordo com EUA, com dificuldade para se engajar em novas negociações. Pelo menos do nosso ponto de vista, não sei se da parte deles será o mesmo, agora é chegado o momento do Mercosul entrar na lista", afirmou Salgado.
Além disso, o Brasil tem interesse em ampliar as relações comerciais com o Japão porque os números das relações bilaterais entre os países seguiram em ritmo decrescente nos últimos anos. No ano passado, o comércio do Brasil com o Japão totalizou cerca 8 bilhões de dólares, metade do que já foi em 2011.
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