CSN espera reduzir endividamento em quase R$ 8 bilhões
De acordo com Ribeiro, as principais medidas serão o pagamento mínimo de dividendos e a venda de ativos como a subsidiária da CSN na Alemanha. "Estamos em um processo bastante avançado de venda", afirmou.
Os planos incluem ainda emissões de debêntures para aumentar o prazo médio da dívida, que hoje está por volta de quatro anos. O objetivo é que o prazo dobre e chegue a oito anos.
O executivo defendeu que a CSN está em "um ano excepcional, em que consolidou recuperação", e ressaltou o crescimento do Ebitda ((lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em relação a 2018, que estaria estimado em R$ 7 bilhões.
Ribeiro também afirmou que a companhia está 'otimista' com a retomada do crescimento econômico, com projeções de até 2,5% de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Para o executivo, a retomada deve aumentar a demanda para o aço. O mercado externo, de acordo com ele, deve se manter aquecido com as perspectivas de crescimento da China.
A companhia também anunciou que em 2020 deve concluir a desativação de três de suas cinco barragens de rejeitos de minério. O modelo que está sendo implementado é o de rejeitos secos, que chegam a 16% de umidade. Após o processo químico de desidratação, os rejeitos são levados por caminhões a depósitos e compactados, enquanto a água resultante do processo é tratada.
Um dos projetos que já será iniciado com o uso de rejeitos secos é o de Itabirito, cuja planta deve ser inaugurada em 2022 e deve empregar pelo menos 3 mil pessoas na cidade de Congonhas (MG). As projeções da companhia indicam produção anual de 10 milhões de toneladas de minério de ferro no formato pellet feed, utilizado para fabricação do aço.
A previsão é de que o Ebitda do segmento chegue a R$ 100 milhões - R$ 151 milhões em 2024. A companhia estima que o preço do minério deve seguir em 2020 por volta dos US$ 80 a tonelada, enquanto o frete marítimo está estimado em US$ 20.
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