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Funcionários da Casa da Moeda estão parados

Cédulas de Real são fabricadas na Casa da Moeda (24.jul.2012) - Fernando Frazão/Folhapress
Cédulas de Real são fabricadas na Casa da Moeda (24.jul.2012) Imagem: Fernando Frazão/Folhapress

Vinicius Neder

Rio

14/01/2020 07h01

Os funcionários da Casa da Moeda do Brasil, estatal responsável pela fabricação de notas e moedas de real, dos passaportes emitidos pela Polícia Federal (PF) e de selos postais e fiscais, estão parados desde a última sexta-feira (10).

A estatal foi incluída no programa de privatizações do governo federal, perdeu o monopólio de produção em território nacional e o sindicato dos empregados está no meio das negociações do novo acordo trabalhista com a diretoria. O Banco Central (BC), principal "cliente" da Casa da Moeda, informou que "está ciente da paralisação e mantém estoques de segurança" de cédulas e moedas de metal.

Na sexta-feira, um grupo de empregados ocupou a sede administrativa da estatal, que fica no mesmo complexo do parque fabril, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Ontem, os funcionários se recusaram a trabalhar após registrar entrada na fábrica.

O jornal "O Estado de São Paulo" tentou contato com a diretoria do Sindicato Nacional dos Moedeiros, que representa os empregados da Casa da Moeda, mas não obteve retorno.

Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória (MP) que tira o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Conforme a MP, a exclusividade para a prestação desses serviços acaba em 31 de dezembro de 2023.

Tudo isso, em meio às negociações em torno do acordo coletivo. O acordo vigente expirou em dezembro.

Em nota sobre a ocupação da sede administrativa na sexta-feira, a diretoria da estatal diz que "entende que a empresa e os funcionários passam por um momento de incertezas e preocupações", por causa da inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND), da quebra do monopólio e da dificuldade em fechar o acordo coletivo, mas ressalta que "qualquer manifestação tem seu local e representantes legalmente definidos" e que "todo excesso ou ilegalidade serão apurados".

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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