GM propõe aplicação da MP 936 e redução de salários em São José, diz sindicato
A proposta final será submetida à votação eletrônica dos metalúrgicos nos próximos dias. Se aprovada, a medida irá atingir 90% dos trabalhadores do complexo industrial de São José dos Campos.
Apenas 100 ficarão na fábrica e não serão impactados pela medida; outros 42 trabalharão em regime de home office. A planta possui cerca de 3.800 funcionários.
A liberação dos trabalhadores neste momento é necessária para a prevenção ao coronavírus. Por enquanto, todos estão em férias coletivas, que terminam no dia 12.
A proposta apresentada pela GM é que os funcionários que ganham até R$ 2.090,00 tenham 95% do salário preservado. Para os que recebem de R$ 2.090,01 a R$ 5.000, (90%); os que ganham de R$ 5.000,01 a R$ 10.000, 85%; de R$ 10.000,01 a R$ 20.000, 80%; os que recebem acima de R$ 20.000, têm 75%.
O Sindicato informa ter defendido a estabilidade no emprego por um ano e licença remunerada ou 'layoff' sem redução salarial, mas que a empresa não aceitou.
"A MP 936 está muito aquém do que os trabalhadores precisam, e mais atrapalha do que ajuda. A GM não tem por que cortar salários, mas foi irredutível na mesa de negociação. Como o Sindicato é uma entidade que segue a democracia operária, vai submeter a proposta à decisão dos trabalhadores. Eles decidirão se aceitam ou não", afirma, em nota, o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.
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