BB: Crédito novo e prorrogações por crise do coronavírus somam R$ 83,8 bi
Com os empréstimos realizados no período, marcado pelos reflexos da crise do coronavírus no País, o banco ressalta que manteve a oferta de crédito nesse período de "redução momentânea da atividade econômica", com foco nos clientes que já mantinham histórico de relacionamento com o banco. Garante, porém, que, diferente de outras crises, quando a instituição foi usada de forma anticíclica pelo governo para injetar recursos na economia, que o critério de concessão de crédito tem sido mantido.
"O crescimento (do crédito) ocorre com a manutenção da responsabilidade na concessão dos recursos e respeito aos critérios que balizam a atuação da instituição", enfatiza o BB, em nota à imprensa.
Em meio às ações durante a crise do coronavírus, o banco já atendeu 321 mil pedidos de prorrogações que somam 436 mil operações e um total 1,1 milhão de parcelas pelo prazo que vai de 60 dias, para empresas, a até 180 dias para pessoas físicas. De acordo com o BB, em paralelo, parte dos clientes pessoas físicas também aproveitaram o momento de renovação para solicitar a liberação de crédito novo. Até o momento, esses pedidos já alcançaram R$ 908 milhões.
Crédito novo
Quanto a novos desembolsos, o BB informa que já desembolsou R$ 4,82 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas, um dos segmentos mais afetados com a crise por conta das medidas de isolamento, que colocou todos dentro de suas casas, mas são essenciais para conter a curva de crescimento da Covid-19 no País. No caso das pessoas físicas, esse montante chegou a quase R$ 10 bilhões e foram acompanhados de carência de 60 a 180 dias para pagamentos das primeiras parcelas, além de prazos mais amplos.
No setor de agronegócios, foco de atuação do BB, os desembolsos de recursos novos totalizaram R$ 7,8 bilhões nos últimos 30 dias. Do total, as linhas de custeio somaram R$ 4,7 bilhões e as de investimento chegaram a R$ 1,4 bilhão.
No caso das médias e grandes empresas, com faturamento entre R$ 40 milhões e R$ 1 bilhão por ano, o desembolso do BB totalizou R$ 21,62 bilhões. "O desembolso para esse segmento foi motivado por aumento na demanda por recursos para capital de giro, por empresas que atuam em setores mais atingidos pela retração da atividade econômica, ou para investimentos, por empresas que buscaram ampliar sua atividade para atender a aumento imediato da demanda", explica o banco, em nota à imprensa.
Folha de pagamento
O BB informou ainda que foram contactadas 20.690 mil empresas elegíveis para acessarem a linha que visa a financiar a folha de pagamentos de pequenos e médios grupos, com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões. A modalidade, conforme o banco, despertou o interesse de 14,4 mil, ou 70% do total, já para a folha de pagamentos do mês de abril. Juntas, essas empresas contam com 320.817 empregados.
A linha vai destinar R$ 40 bilhões para financiar a folha de pagamentos durante dois meses, ajudando as empresas a enfrentarem a crise do coronavírus. Desse valor, o Tesouro arcará com 80% do funding e do risco e os bancos repassadores com os outros 15%. O custo será de 3,75% ao ano, com carência de seis meses e 30 meses para pagamento.
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