IHS Markit: PMI composto desacelera de 53,9 em agosto para 53,6 em setembro
O resultado do índice composto foi novamente puxado pelo PMI industrial, que atingiu no mês a máxima histórica de 64,9 pontos. Mas o resultado também foi sustentado pela melhora nos dados de serviços, que aceleraram de 49,5 em agosto para 50,4 em setembro, a primeira expansão desde março.
"Os dados do PMI de setembro destacaram sinais hesitantes de uma recuperação no setor de serviços do Brasil, após seis meses consecutivos de contração devido à pandemia da covid-19", disse, em nota, Pollyanna de Lima, diretora econômica da IHS Markit.
A maior parte das empresas de serviços que relataram ganho na produção citou como fatores determinantes o afrouxamento das restrições à circulação e a reabertura das unidades de negócios. Os dados mostraram aumento no otimismo com novos trabalhos e negócios.
O volume de novos pedidos cresceu pelo segundo mês consecutivo, em taxa moderada e similar à de agosto. Os custos, por outro lado, cresceram com a taxa de inflação mais expressiva em quase quatro anos, por causa de maiores preços em energia, alimentação e combustível.
O índice também mostrou comportamento desigual, já que houve empresas que reportaram queda nas atividades. Neste caso, foram citados encerramento de contratos, alto desemprego e o impacto da pandemia sobre a demanda.
"No momento, prestadores de serviços continuam a reduzir efetivos entre tentativas de controlar os custos. Esses esforços foram impulsionados por um aumento excessivo nas despesas, em parte associado à compra de materiais de higiene e equipamentos de proteção individual", diz Pollyanna.
Em setembro, o otimismo se manteve, mas o nível de sentimento positivo caiu na comparação com agosto.
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