Pelosi promete agilidade em pacote, mas reconhece apoio republicano incerto
"Projetos de construção de estradas, pontes e de sistemas de abastecimento de água sempre foram bipartidários, exceto quando parlamentares se opõem a um presidente democrata, como aconteceu no governo Obama, nos obrigando a encolher o pacote", declarou Pelosi em entrevista ao canal de TV norte-americano ABC. "Mas, mesmo assim, temos esperança de obter apoio de ambos os lados", completou.
A democrata instruiu legisladores importantes de seu partido a trabalhar com os republicanos em um "pacote de infraestrutura grande, ousado e transformador".
Durante a campanha presidencial, o presidente Joe Biden lançou as bases ao propor US$ 2 trilhões em investimentos "acelerados" focados em energia mais limpa. A medida inclui ainda o apoio ao transporte público e reparo de estradas e pontes. Além disso, o plano enfatiza a importância de criar empregos sindicalizados e lidar com as mudanças climáticas.
Pelosi se recusou a dizer se aumentos de impostos seriam necessários para a legislação. Ela enfatizou que o Congresso iria explorar todas as opções, incluindo gerar receita com algo semelhante aos títulos Build America do governo Obama.
"Esse projeto é sobre banda larga, sistemas de água, transporte público, escolas e habitação", disse a parlamentar. "Portanto, a meta é promover um bom crescimento, criando empregos bem remunerados, enquanto protegemos nosso planeta e somos fiscalmente saudáveis", afirmou ainda a presidente da Câmara.
O senador Tom Carper, presidente do Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado, e o deputado Peter DeFazio, líder do Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara, esperam aprovar o projeto de lei em seus comitês em maio. Ambos são democratas. "Vai ser verde e vai ser grande", afirmou DeFazio à Associated Press.
Já o senador republicano John Barrasso, do Wyoming, disse que deseja ver o apoio bipartidário para uma legislação de infraestrutura. Mas, afirmou que a Câmara, na formação anterior do Congresso, modificou um projeto de US$ 287 bilhões aprovado pelo Senado, inviabilizando a aprovação do texto pelo seu partido.
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