Carrefour não pretende fazer cisão entre atacarejo e varejo, diz CEO
"Nós consideramos que temos muitas sinergias, não obrigatoriamente de compra. Consideramos que ter um ecossistema global é melhor que ter um ecossistema separado", afirmou Prioux. No começo do mês, o GPA, que no agregado era o segundo maior grupo varejista do País, dividiu seus ativos entre o Assaí, de atacarejo, e o restante do grupo, com bandeiras como Extra e Pão de Açúcar.
Os executivos do grupo lembraram que quando compraram o Atacadão, em 2007, havia pouca aposta no mercado no sucesso do chamado "cash and carry", que hoje é o formato que mais cresce no setor. "É difícil dizer o formato de sucesso em 15 anos, por isso é importante termos uma carteira ampla", afirmou Stephane Engelhard, diretor de Relações Institucionais.
Pagamento
O adiantamento de R$ 900 milhões que o Grupo Carrefour fará aos acionistas do Grupo BIG na compra da varejista será financiado totalmente pelo caixa da operação brasileira, de acordo com Sebastien Durchon, vice-presidente de Finanças e Diretor de Relações com Investidores do Carrefour.
Segundo ele, a sede na França não financiará a transação, porque a filial brasileira tem situação financeira confortável o suficiente para arcar com os custos. "Lá na frente, no fechamento, temos que pagar 70% do preço, em caixa, e vamos tomar linhas de dívida no futuro", afirmou o executivo na entrevista coletiva.
De acordo com Durchon, o pagamento de R$ 5,5 bilhões em dinheiro no âmbito da transação não será difícil para a empresa. "Isso é uma vez o nosso Ebitda. Vamos alcançar uma alavancagem baixa", afirmou.
A estrutura da transação prevê que parte da compra será financiada com a emissão de ações do Carrefour Brasil, que serão entregues aos acionistas do BIG. Com isso, Walmart e Advent entrarão na base acionária da companhia.
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